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Matéria 5938, publicada em 15/04/2008.


:Djulia Justen

Filhote aguardando adoção no Abrigo Animal

Abrigo Animal pede socorro

Ariane Pereira


Izabela Elaine Giovanella tem um abrigo animal em sua própria casa. Ganhando cerca de R$ 600,00 mensais, gasta em média R$ 200,00 todo mês com seus seis cães e duas gatas, mas já chegou a gastar R$ 600,00. Ela diz que é difícil lidar com essas despesas. Izabela é casada e conta que no início seu marido não gostava de animais. Ainda hoje, ele “quase tem um chilique quando vê um novo membro na família”, mas no fim, tudo dá certo. Não é voluntária do Abrigo Animal, instituição que cuida de cães e gatos abandonados porque não tem tempo, mas ajuda com doações. “Por mais que as pessoas me critiquem, jamais vou abandonar esta causa”, afirma.

Pessoas como Izabela fundaram a ONG Abrigo Animal em julho de 2001. Desde então, a instituição vem recolhendo cães e gatos de rua para tratá-los e doá-los. Atualmente, 1100 cães e 100 gatos moram no local, número que vai muito além da capacidade física do terreno localizado no bairro Vila Nova. Desde o final do ano passado, a ONG não pode mais receber animais das ruas por causa do convênio firmado com a prefeitura municipal de Joinville. Segundo as regras desta parceria, o Abrigo Animal só pode recolher animais que não tenham dono e até o limite permitido pelo espaço físico – 400 animais. O valor que a prefeitura repassa atualmente para a ONG é de R$ 8.644,00 por mês, o que cobre apenas os gastos com ração, sendo necessário cerca de sete toneladas mensais. As demais despesas são cobertas com as doações na conta de luz e com a ajuda da comunidade e voluntários. Porém, isto é conseguido com dificuldade e o abrigo ainda precisa de ajuda.

Rose Baum, voluntária e coordenadora de eventos do Abrigo Animal, diz que a população desrespeita os animais. Ela conta que semana passada, uma senhora queria doar um cão da raça Chow-chow porque ele dá muito trabalho e morde todos em casa. “Eu disse que o problema era dela”, irrita-se Rose. “Se não têm condições [de cuidar], não comprem um animal”, completa, referindo-se a todos. Muitas pessoas, quando não querem mais seu cão ou gato, costumam simplesmente abandoná-los nas ruas, onde eles correm risco de serem atropelados ou maltratados por outras pessoas. Há também os que deixam o animal na porta do abrigo, o que dificulta, e muito, o trabalho da ONG.

Para tentar diminuir a superpopulação de animais abandonados nas ruas das cidades, a ONG Abrigo Animal está promovendo uma campanha a favor da esterilização. Segundo a WSPA (World Society for the Protection of Animals – Sociedade Mundial de Proteção Animal), uma cadela com uma vida reprodutiva de seis anos pode gerar até 100 filhotes. Já uma gata, em apenas dois anos pode deixar 200 descendentes. Há um abaixo-assinado no site da instituição para que haja a implementação de um programa de esterilização de animais domésticos na cidade de Joinville. A ONG acredita que esta seja a melhor forma de amenizar a situação.

Para esclarecer dúvidas, oferecer ajuda ou fazer doações, basta ligar para o Abrigo Animal nos telefones (47) 3416-0734 ou (47) 9951-3130.
Para obter mais informações, acesse o site do Abrigo Animal

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