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Matéria 5900, publicada em 08/04/2008.


A essência não muda nunca, diz Cláudio Loetz

Gustavo Cidral



Revi - O que mudou desde a máquina de escrever até os dias de hoje?
Claudio Loetz - Com a ajuda da tecnologia, a agilidade e o raciocínio para fazer os textos. Mas, a essência nunca muda. Fazer jornalismo continua a mesma coisa.

Revi - A internet é o futuro do jornalismo? Quais devem ser os rumos do jornal impresso?
CL - A internet é um bem precioso e que está cada vez mais presente, mas é mais uma ferramenta, mais um meio. Os jornais impressos ficarão cada vez mais segmentados, mais focados numa região, num local. Esse é o caminho.

Revi - Você é a favor de uma nova lei de imprensa?
CL - Não. As leis e a constituição que temos são mais do que suficientes. Uma nova lei de imprensa levaria ao autoritarismo e à censura. O jornalista só precisa de seriedade, responsabilidade e ética.

Revi - Você é a favor da obrigatoriedade do diploma de jornalista?
CL - Não. Os cursos não dão as condições necessárias para um profissional completo. Os currículos não estão preparados para o mercado de trabalho. Vale mais se formar em uma área específica e ser especialista em um assunto. O curso de jornalismo serve como complemento, ensina a escrever.

Revi - O que falta para conquistarmos o jornalismo ideal?
CL - Isso nunca vai acontecer. A tecnologia está ajudando a apurar mais rápido os dados e torna mais prático fazer as matérias. Porém, os jornalistas acabam pensando menos. Se, por um lado melhora, pelo outro, piora.

Revi - Qual a sua maior conquista pessoal?
CL - O prêmio Fiesc de jornalismo econômico em 1997 e o reconhecimento na revista Imprensa pela matéria que fiz sobre a venda da Tupy, em 2006.

Revi - Um conselho para os estudantes de jornalismo.
CL - Conselho não se dá.

Revi - Então, o que você diria aos estudantes que ingressam na faculdade?
CL - Estudem muito, leiam muito, se aprimorem e se dediquem ao que vocês têm mais afinidade.

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