Normalmente ensinamos as crianças a gostar dos animais, a não machucá-los.
Mostramos livros ilustrados repletos de coelhos, vacas, cachorros, gatos...
todos felizes e sorridentes. Instantes mais tarde, estas mesmas crianças são
levadas a comer os seus “amiguinhos” — os animais. Em meio a pedaços de
verduras, legumes e carboidratos espalhados no prato está a carne, um retalho de
animal morto. É desta forma que a maioria das crianças é educada. Não sabe que o
alimento “saboroso” do almoço e a vaquinha fofinha no pasto são a mesma
coisa.
Movendo forças na direção contrária a esse convencionalismo e
inspirado no documentário A carne é fraca, o artista plástico e contador de histórias
Humberto Soares elaborou a peça “Fome de quê?". Seu principal objetivo é
utilizar elementos lúdicos para transmitir ensinamentos ecológicos às crianças.
Na peça, Humberto conta a história de uma “vaca leitora” que perde seu "bebê".
Chama atenção para a crueldade humana e tenta despertar a consciência para uma
alimentação de origem vegetal, pura, equilibrada, nutritiva e
saborosa.
Entre as várias pesquisas sobre o tema, publicadas em 2003 no
relatório da American Dietetic Association, está um estudo feito com 76 mil
indivíduos que evidenciou a redução das mortes por infarto (doença cardíaca
isquêmica) em 31% de homens vegetarianos e 20% de mulheres vegetarianas. Outra
investigação apontou a diminuição de até 50% do risco de diabetes em
vegetarianos. Um levantamento feito com 800 mulheres, entre 40 e 69 anos,
mostrou a probabilidade duas vezes menor de pedras na vesícula entre aquelas que
não ingeriam proteína animal.
Já dizia Albert Schweitzer, prêmio nobel da
Paz em 1952: “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação,
seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes”.
Clique aqui para assistir ao vídeo da peça "Fome de quê?"