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Matéria 5773, publicada em 18/03/2008.


Um olhar sobre a alimentação

Melanie Peter


Normalmente ensinamos as crianças a gostar dos animais, a não machucá-los. Mostramos livros ilustrados repletos de coelhos, vacas, cachorros, gatos... todos felizes e sorridentes. Instantes mais tarde, estas mesmas crianças são levadas a comer os seus “amiguinhos” — os animais. Em meio a pedaços de verduras, legumes e carboidratos espalhados no prato está a carne, um retalho de animal morto. É desta forma que a maioria das crianças é educada. Não sabe que o alimento “saboroso” do almoço e a vaquinha fofinha no pasto são a mesma coisa.

Movendo forças na direção contrária a esse convencionalismo e inspirado no documentário A carne é fraca, o artista plástico e contador de histórias Humberto Soares elaborou a peça “Fome de quê?". Seu principal objetivo é utilizar elementos lúdicos para transmitir ensinamentos ecológicos às crianças. Na peça, Humberto conta a história de uma “vaca leitora” que perde seu "bebê". Chama atenção para a crueldade humana e tenta despertar a consciência para uma alimentação de origem vegetal, pura, equilibrada, nutritiva e saborosa.

Entre as várias pesquisas sobre o tema, publicadas em 2003 no relatório da American Dietetic Association, está um estudo feito com 76 mil indivíduos que evidenciou a redução das mortes por infarto (doença cardíaca isquêmica) em 31% de homens vegetarianos e 20% de mulheres vegetarianas. Outra investigação apontou a diminuição de até 50% do risco de diabetes em vegetarianos. Um levantamento feito com 800 mulheres, entre 40 e 69 anos, mostrou a probabilidade duas vezes menor de pedras na vesícula entre aquelas que não ingeriam proteína animal.

Já dizia Albert Schweitzer, prêmio nobel da Paz em 1952: “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes”.

Clique aqui para assistir ao vídeo da peça "Fome de quê?"


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