Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 5618, publicada em 04/03/2008.


Aos acadêmicos ielusquianos

Jean Carlos Knetschik*

Como presidente do Diretório Acadêmico Cruz e Souza, o Dacs, fui incumbido de dar as boas-vidas a todos vocês, acadêmicos, que estarão conosco durante este ano de 2008. Antes de tudo gostaria de cumprimentar os professores, convidados, calouros e veteranos e apresentar os membros atuantes do Dacs: Alexandre Perger, Tiago Santos, Fabiane Ribeiro e Felipe Silveira. Eu me chamo Jean, mas se quiserem vocês podem me chamar de Rio Negrinho, como alguns amigos da turma de 2007 ainda fazem.

O movimento estudantil teve um papel muito importante na história do Brasil. Uma história de luta, de coragem e de sonhos. A mesma história criou uma expectativa em torno da juventude, da qual se espera movimentação, engajamento, alegria, indignação e união.

Com o tempo, no entanto, a juventude mudou, os sonhos mudaram, a indignação e a união deram lugar ao conformismo e ao individualismo. Supostamente, não há mais contra o que lutar, não há mais o que fazer. Quem sente vontade de fazer alguma coisa não sabe como nem o quê.

Quando alguns de nós decidimos ressuscitar o diretório acadêmico do Ielusc tínhamos um desafio pela frente: definir uma política e ações do diretório. Sentíamos que era preciso fazer algo, contribuir, se envolver. Só não sabíamos como.

Fomos buscar no passado uma inspiração. Na época em que muitos lutavam, muitos queriam e faziam alguma coisa. Percebemos, então, que há algo em comum em todos os movimentos – não é a idade, não é a cor, não é o sexo e nem o credo, muito menos o objetivo específico. Percebemos que todos queriam um mundo melhor.

Tudo bem que esse é o tema do Rock n’Rio, mas era o desejo de Betinho, Bob Marley, Chico Science, Martin Luther King, Chico Mendes, Gandhi, Lady Di, Madre Teresa e do movimento estudantil. Até Lula e FHC já quiseram isso. É o que a Angelina Jolie quer quando se envolve nas causas em defesa da África. É o que o Ultraman queria quando destruiu aquele monstro horrível, ou o Didi Mocó quando pede dinheiro na TV (tudo bem, péssimo exemplo). Mas temos de entender que nem todo mundo faz direito, no entanto o objetivo é o mesmo: um mundo melhor, mais justo.

Nós, do Diretório Acadêmico de Comunicação Social Cruz e Souza, estamos dispostos a fazer alguma coisa. Promover debates, apoiar movimentos, ouvir reclamações e apontar soluções, protestar quando necessário e pedir saídas do agrado de todos. E, logicamente, fazer uma festa sempre que algo der certo. Se der errado, faremos a festa do mesmo jeito.

Mas, acima de tudo, não conseguiremos fazer nada sozinhos. Temos planejado para este ano a realização de olimpíadas, gincana e a Semana Acadêmica em si, que, ao contrário do constante no calendário recebido no início das aulas, desejamos estendê-la de segunda a sexta-feira, e não ficar nos três dias previstos. Mas isso dependerá ainda de conversas, negociações, não só com a diretoria do curso de comunicação social, como também com palestrantes e responsáveis pelas oficinas.

No entanto, sem a ajuda de vocês, nada funcionará. Como vocês podem nos ajudar? Sugerindo idéias, reclamando e, por que não, elogiando quando fizermos algo que dê certo. Não precisam “puxar o saco”, mas seria interessante para nos dar mais motivação a continuar o trabalho. Participem quando convocarmos assembléias, isso será muito importante, a menos que vocês tenham uma prova naquele dia, daí é melhor ficar na sala mesmo.

Aos calouros, participem do diretório desde já, dando suas idéias e nos emprestando a motivação que é típica de quem entra na faculdade. Enfim, o Dacs deseja fazer algo por todos os acadêmicos, mas sem a colaboração de vocês o nosso trabalho será muito mais complicado.


Jean Carlos Knetschik é presidente do Diretório Acadêmico de Comunicação Social Cruz e Sousa

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