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Matéria 4786, publicada em 31/08/2007.


:Priscila Pfutzenreuter (arquivo pessoal)

Carol: monografia pronta para ser defendida

Aluna de PP morre em Curitiba


Faleceu na madrugada desta sexta-feira, em Curitiba, a estudante de Publicidade e Propaganda Carolina Ferraz Frare, vítima de infecção generalizada. Carolina tinha 29 anos e estava no 8º período. Em sua memória será realizado um culto ecumênico às 19 horas na Igreja da Paz.

Carolina havia parado de freqüentar aulas há duas semanas. Sentia dores generalizadas, mas dizia aos amigos que não sabia o que era. Na segunda-feira, foi transferida do Hospital Regional, de Joinville, para o Erasto Gaertner, de Curitiba.

Embora soubessem do tratamento que Carolina fazia há algum tempo para combater o câncer, seus colegas e professores ficaram chocados com a notícia porque ela aparentava estar bem neste semestre. Carol, como era conhecida, fazia planos de se formar neste ano, pois lhe faltavam apenas duas disciplinas: semiótica e projetos experimentais. Era tão organizada que até a monografia já estava pronta... desde o ano passado.

“Ela só não defendeu a monografia porque tinha pendências em algumas disciplinas”, diz a professora Lígia Zuculoto, que orientou Carol no trabalho “Merchandising de telenovela: Lojas Renner na novela Belíssima”. Orientadora e orientanda ficaram amigas: “Na época eu estava fazendo a minha dissertação de mestrado e acabamos trocando muitas coisas, aprendendo juntas. Tanto que quando pensei em vir para Joinville ela me convidou para morarmos juntas, pois naquele período morava sozinha”.

A acadêmica Patrícia Alves, parceira de Carol no projeto experimental, diz que ela tinha “personalidade forte” e era “muito querida” na turma. “Um dia”, conta Patrícia, “eu estava meio desanimada com o curso e ela chegou pra mim e disse: ‘Vamos fazer juntas que a gente tira de letra’”.

Maturidade e liderança na turma. Assim o professor Marcelo Correia define a atuação de Carol em sala de aula. Silnei Soares, que foi professor dela em duas disciplinas e que neste semestre ministrava a tutoria em semiótica, confirma: “Às vezes ela precisava faltar por causa do tratamento, mas sempre avisava e nunca se queixou e nunca usou isso como desculpa”.

Carolina Ferraz Frare ingressou no Ielusc em 2004, transferida de Maringá. Seu ponto forte no curso era a disciplina de redação publicitária, cuja nota mais baixa, nos três semestres, foi 8,6.

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