— Boa tarde! Vocês oferecem curso de Indesign?
—O quê?
—Indesign.
—Webdesign?
—Não. O programa Indesign.
—Não... não temos.
—E de Illustrator?
—O quê? (risos)
—Illustrator.
—Ah, também não.
O diálogo acima travou-se durante ligações a três escolas de informática de Joinville. Em duas, a secretária passou o telefone ao gerente do estabelecimento, que também desconhecia os programas citados. Só por aí já se tem uma idéia da importância dos cursos que o Núcleo de Estudos Gráficos (Negra) oferecerá gratuitamente para os alunos do Ielusc e a razão das vagas estarem preenchidas com antecedência. Cada software ocupará três quartas-feiras consecutivas, das 15 às 18h. Indesign, a partir de 5 de setembro, IIIustrator, 3 de outubro e Flash, 7 de novembro. As aulas serão ministradas pelos professores Álvaro Dias e Juliana Bonfante. Gastão Cassel, reintegrado ao núcleo, pode participar esporadicamente.
A SID, maior escola de informática da cidade — quatro franquias —, oferta apenas ensinamentos de Flash: R$ 300 por 20 horas. Em proporção com a carga do curso ielusquiano, o valor giraria em torno de R$ 180. Já a Micro Byte Informática Treinamentos, também somente para o Flash, cobra R$ 546, pelas mesmas 20 horas. Seguindo a mesma lógica, as aulas custariam R$ 335 aos bolsos dos jovens da instituição. Além da vantagem econômica, tratam-se de softwares novos no mercado, ainda pouco divulgados. A reportagem da Revi tentou contato com todas as escolas de informática com números cadastrados na lista telefônica e, das seis que atenderam às ligações, quatro oferecem apenas o Flash. Porém, três incluem o programa num curso de Webdesign.
De acordo com Juliana Bonfante, a idéia é ampliar as abordagens proporcionadas nas “aulas normais”. O Flash, por exemplo, é incluído somente na grade de Publicidade e Propaganda, no sexto semestre. Os futuros publicitários, por outro lado, costumam diagramar seus cartazes utilizando o Corel Draw, desprezando as facilidades do Indesign.
No entanto, os marinheiros de primeira viagem não precisam entrar em pânico. “A única exigência é dominar as noções básicas do Windows”, explica Juliana. Segundo ela, “as aulas começarão do zero”. Em 2008, há projetos para aprofundar os conteúdos, provavelmente numa continuidade com a oficina deste ano.
As aulas ocorrerão na sala C-19, onde se encontram as máquinas mais modernas da instituição. O limite de dez alunos por curso também parte desse pressuposto, mas considera fatores didáticos. “Se não for assim, vira aulão”, justifica Juliana.