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Matéria 4728, publicada em 21/08/2007.


Por quais critérios de avaliação passa uma monografia?

Eva Croll


(Nota da Revi: Esta matéria foi publicada em 21 de agosto de 2007. Os critérios de avaliação e as fórmulas para o cálculo da média das monografias continuam os mesmos)

Argüição encerrada. A banca se retira e migra para o espaço mais isolado possível: é hora de transformar em números os aspectos do trabalho defendido pelo acadêmico. Nesse meio-tempo, orientador e banca buscam definir uma nota na base do consenso. Quando isto não é possível, o grupo baseia-se em um esquema geral para a avaliação, que leva em consideração três categorias: apresentação escrita, processo (quando estava sendo orientado) e apresentação oral.

Um trabalho redigido de forma impecável já garante ao acadêmico nota 6. A primeira etapa, de peso seis, envolve a atribuição de nota (de zero a dez) a oito itens: relevância do tema; clareza na exposição dos objetivos; aprofundamento e crítica na revisão bibliográfica; adequação do método de pesquisa; coesão; contundência (ou seja, a qualidade dos argumentos utilizados em favor de uma conclusão convincente); qualidade do texto e apresentação do material. Da divisão das notas por oito surge a primeira média.

A segunda etapa cabe somente ao orientador, que avaliará a postura do acadêmico em seus tempos de orientando. Uma nota apenas deve avaliar o empenho do aluno; interesse; aprimoramento pessoal e intelectual revelado entre início e fim do trabalho; contato com o orientador; respeito ao cronograma e outros itens que sejam relevantes para compor a nota. A segunda média, no entanto, tem apenas 10% de participação na nota final. “É pra não dizerem que foi o orientador que passou”, explica o professor Álvaro Dias, coordenador de monografias.

A etapa mais temida pela maioria dos “monografandos”, a apresentação oral, tem peso três. Nela, são avaliados dois tópicos: a organização da exposição do tema — o que envolve coesão e a forma como o conteúdo apresentado acrescenta algo ao já lido — e a firmeza do aluno nas argüições (valorizando posicionamento crítico, elegância nas contraposições, modéstia, honestidade e interesse pelas sugestões da banca, bem como pela continuidade do trabalho).

A primeira média, então, é multiplicada por seis e somada à segunda, multiplicada por um. O produto é somado à terceira e multiplicado por três, para depois ser, finalmente, dividido por dez, obtendo-se, assim, a tão esperada média final. Segundo Álvaro, o esquema de atribuição de notas a cada um destes tópicos nem sempre é utilizado porque a maioria dos professores que participa das bancas já considera, automaticamente, tais conceitos.

Clique aqui para visualizar o esquema de avaliação.


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