O gerente enlouqueceu. As exibições variam de sala,
horário, tema, autor, roteirista, diretor e crítica. Como escolher qual trabalho
assistir? Só nesta segunda-feira, 13 de agosto, são oito apresentações
abrindo a semana de monografias. O orientador dirige a obra, a banca pode
destruir os planos do mocinho, ou consagrá-lo, o acadêmico é o autor, e é dele a
responsabilidade de uma boa atuação. Qual dessas variáveis te faz
escolher a monografia para assistir? Para quem você vai torcer?
Quem é viciado mesmo vai chegar para a pré-estréia: “Etnografia e
planejamento de comunicação: em busca da compreensão do consumidor”, às 17
horas, que é estrelada por Camila Mariana Broering (PP) e direção de Pedro
Ramirez.
Assim como cinéfilo joinvilense que vai para São Paulo e não sabe qual sala
de cinema entrar, a indecisão para o “monófilo” começa às 19 horas, horário de
quatro monografias. O arrasa-quarteirão é “O ethos da política e o ethos do
jornalismo”, no qual Ana Paula Fanton (Jornal) faz uma análise comparativa dos
textos de A Notícia e da Câmara de Vereadores de Joinville. É claro que o elenco
de peso, Samuel Lima e Sérgio Murillo, e a direção de Jacques Mick atraem o
público.
Logo após essa sessão, tem o horário das 21 horas. Três são as
opções, duas de PP e uma de Jornal. Diretores se repetem, salas também, mas o
tema nunca é igual. Se bem que como na sétima arte, algumas histórias se
repetem. Já viu filme do Van Damme? - só muda o local do torneio internacional
de lutas. A torcida por uma monografia surpreendente sempre existe.
A comparação da semana de monografias com o cinema não é uma
tentativa de espetacularização. Ora, há quem defenda que o cinema também não é
espetáculo, apesar de sê-lo às vezes – na maioria das vezes. A monografia é um
trabalho sério, no qual o acadêmico encerra seu ciclo no curso superior e
objetiva contribuir intelectualmente com a sociedade, com a humanidade. O
bom cinema, por sua vez, objetiva, quando assim o faz, elevar o espírito e
o intelecto.
Embora se busque fugir do rótulo de espetáculo, alguns elementos podem
torná-lo. Há quem defenda que o uso do datashow é uma ótima ferramenta na
apresentação, mas há quem diga que em certos trabalhos a ferramenta
é apenas um vício. Na maioria das monografias, o datashow será utilizado.
Para escolher qual mono assistir há variantes de “direção”, “roteiro”,
“elenco” da banca e “atuação”. Mas, geralmente, o aluno vai naquela que o
professor manda. Colabore, escreva para revi@ielusc.br e conte como você fez a
sua programação.