Para sanar a carência de conhecimento histórico dos estudantes da comunicação social, alguns alunos do quarto semestre de jornalismo tiveram a idéia de montar um grupo de estudo em história do Brasil. A entrevista a seguir é com um desses alunos, Clayton Felipe Silveira, que fala em nome do grupo, inaugurando aqui uma prática já vista em alguns veículos da imprensa, ou seja a auto-entrevista:
Por que um grupo de estudo de história do Brasil?
Bom, se nós pegarmos uma palavra de cada vez, eu te responderia que, em primeiro lugar, é chato estudar sozinho. Em segundo e terceiro lugares, eu te explicaria como surgiu a idéia do curso...
E como foi?
No primeiro semestre de jornalismo, nós tínhamos aula de filosofia com o Marco Chiaretti, “figurinha fácil do jornalismo brasileiro”, como diria Bob Fernandes. Essas aulas com o Chiaretti foram marcantes para alguns alunos, principalmente porque ficavam admirados com a carga de conhecimento em história do professor. Então, surgiu a idéia, junto com o Marco Chiaretti, de se montar o grupo. Só que na ocasião, ela se dissipou, morreu.
Quando retomaram?
Foi no começo deste ano, quando eu espionei no orkut uma movimentação dos calouros que queriam usar a biblioteca para estudar aos sábados. Então falei com a aluna Francine Hellmann (4° semestre) e ela convidou mais alguns alunos. Expusemos a idéia ao Samuca, que deu todo o apoio, inclusive cobrando de nós para que a idéia não morresse.
Como vai funcionar o grupo?
Em sábados alternados, à tarde, das 13h30 às 17h30, nós nos reuniremos para discutir e refletir sobre um tema já definido. A discussão será feita com base nos textos indicados pela professora Valdete Niehues.
Valdete? Por quê?
Porque a formação da professora é em história. Quem nos lembrou isso foi o professor Silnei Soares. E o pré-grupo, que tem um bom relacionamento com ela, a convidou. Ela aceitou prontamente.
Quando o grupo vai começar a estudar?
Eu posso te passar o cronograma:
E como será a dinâmica das aulas?
Umas das coisas importantes de se saber é que não serão aulas, serão encontros de discussão. Pois nem todos os participantes serão alunos. Os professores estão convidados, alguns já se inscreveram. Alguns encontros serão especiais. Para a discussão sobre redemocratização, por exemplo, o professor Jacques Mick já se comprometeu em falar.
Falam aos quatro ventos que o grupo será validado como oficina. É verdade?
Sim, é verdade. O Samuca está resolvendo a questão. Ou oficina, ou seminário. Mas o importante é que mesmo que não aconteça a validação, o objetivo do grupo é estudar.