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Matéria 4554, publicada em 31/07/2007.


Jogos Pan-americanos estimulam prática de esporte

Lorena Trindade


Depois de 16 dias de competições, os jogos Pan-Americanos terminaram. O balanço da delegação brasileira nas provas mostra a evolução do país no esporte. Foram 54 medalhas de ouro, 40 de prata e 67 de bronze. Eventos como o Pan deixam como lembrança o estímulo à prática esportiva.

Os jogos serviram para destacar modalidades incomuns à cultura brasileira ― acostumada a vangloriar o futebol. A ginástica rítmica abrilhantou o início das competições, o taekwondo foi o primeiro a ganhar medalha de ouro e a natação mostrou um novo ídolo, Tiago Pereira, que deu ao país seis ouros.

Para o professor de educação física Rony Hille o Pan motiva o exercício físico, principalmente entre as crianças e adolescentes. Por ter ocorrido durante o período de férias escolares, Hille acredita que os jovens formaram parte significativa entre os espectadores. Segundo ele, o evento abre portas para a divulgação de outros esportes. Porém, são modalidades as quais muitos não têm acesso pelo fato de serem caras. “O Pan ainda está distante de alguns estados, e para algumas realidades os jogos parecem nem ter acontecido no Brasil”, enfatiza.

O professor comenta que competições como essas ainda não são valorizadas conforme a sua importância. “O Pan não é tão comemorado como a Copa do Mundo”, completa, “é como se fosse um jogo qualquer”. Para Hille, mesmo depois do Pan, esses esportes — antes pouco divulgados — continuarão não recebendo patrocínios.

O assistente administrativo Gilson Kurowski sabe da importância dos jogos Pan-Americanos para o estímulo do exercício de esportes. “Para um Pan, o desempenho do Brasil foi bom”, comenta, “mas eu acho que facilitaram um pouco por ser aqui no país”. O assistente está em Joinville há um mês, vindo de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Ele conta que uma universitária da cidade — Sabine Heitling, acadêmica da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul) — ganhou medalha de ouro nos três mil metros com obstáculos.

Kurowski afirma que as instituições de ensino têm como obrigação influenciar os alunos a praticar esportes. “Já que as universidades particulares cobram altas mensalidades, deveriam investir nos esportes”, completa. Para ele, o caminho é começar pelas crianças e não só meninos no futebol e meninas no ballet, mas mostrar os outros tantos esportes que existem.

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