Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 4553, publicada em 31/07/2007.


:Clayton Felipe

Jorge Centeno no estúdio de rádio do Bom Jesus/ Ielusc

"A Venezuela é o país onde há mais liberdade", diz o cônsul

Jouber Castro


O cônsul da Venezuela Jorge Luis Centeno, que será a figura principal do debate a ser realizado no Bom Jesus/Ielusc nesta noite (31 de julho), esteve no campus para um coletiva de imprensa durante a tarde. Ainda antes, falou com exclusividade à Revi sobre o imbróglio envolvendo a emissora RCTV - que não teve a sua concessão renovada em março – e também sobre a moção do deputado Kennedy Nunes (PP), que tornou o presidente Hugo Chávez persona non grata no estado de Santa Catarina.

Com muita tranqüilidade, o cônsul respondeu, quando perguntado sobre o que aconteceria se mais alguém se colocasse no caminho da Venezuela, que a não-renovação da RCTV foi puramente para equilibrar o sistema de comunicação daquele país, em mãos do setor público e do privado, como prevê a nova constituição. “Quem critica essa medida são os setores empresariais que não conseguem mais fazer negócio com o governo revolucionário da Venezuela”, disse o cônsul. “Os meios de comunicação na Venezuela sempre estiveram na mão de setores capitalistas com apoio de governos estrangeiros”, argumenta, “e o presidente apenas usou das suas faculdades para cumprir a constituição e equilibrar o sistema”.

Centeno considera a resolução que faz com que Chávez não seja bem-vindo em Santa Catarina uma posição exclusiva de uma vertente ideológica. E complementa: “Existe um velho modelo político capitalista neoliberal, que está morrendo. Essa posição é defendida por pessoas do modelo que está morrendo. Tenho certeza que esse não é o sentimento da maioria dos brasileiros”.

Mesmo com a oposição dizendo que a liberdade de imprensa é um dos direitos mais feridos pelo governo Chávez, a visão de Caracas é diferente. “Atrevo-me a falar que o país do mundo onde predomina a maior liberdade de expressão é a Venezuela”, declarou Centeno. “O povo participa de todas as decisões são tomadas em conjunto, por plebiscitos, e isso deixa insatisfeitos os velhos setores que não se desprendem dos velhos paradigmas”.

Ouça um trecho da entrevista de Jorge Centeno.


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