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Matéria 4406, publicada em 29/05/2007.


Homem-Aranha para todos

Roelton Maciel


O mega sucesso "Spiderman 3" já arrecadou mais de 300 milhões de dólares desde que chegou aos cinemas, há quatro semanas. Esta cifra corresponde apenas à cobrança de ingressos. São 3.723 salas exibindo o filme diariamente em todo o planeta, uma máquina registradora que também gira no norte catarinense. Em Joinville, duas franquias (GNC e Arcoíris) contribuem para alavancar os lucros da produção e elevá-la ao topo dos mais assistidos. Para conferir o blockbuster, o joinvilense paga em torno de 6 a 12 reais, dependendo do local e do dia da exibição.

Porém, não é só nas telonas que o Homem-Aranha atrai os fãs. Uma TV de 21 polegadas exibe o filme continuamente no Box 26, em meio ao mar de bugigangas do Camelódromo. A minissessão é o chamariz para a venda de DVDs piratas do filme, comercializados antes mesmo do lançamento oficial. Cada exemplar é vendido a 10 reais. "É mais caro que os outros (piratas) porque ainda tá no cinema", argumenta o vendedor. E o negócio clandestino também gera concorrência. Perto dali, ao lado do terminal, outro comerciante fatura ilegalmente às custas do super-herói. No tapetinho improvisado, figura toda a trilogia adaptada dos quadrinhos. "Só oito reais cada um. E são em português", ressalta.

Um negócio organizado

A antecipação ao mercado legalizado é o segredo da pirataria. Após estrear nos cinemas, um título leva cerca de quatro meses até ser lançado em DVD – exigência da Ancine (Agência Nacional do Cinema). Já nas mãos dos camelôs, este prazo é uma questão de horas: os filmes em cartaz são disponibilizados na internet e comercializados em cópias não autorizadas, um processo cada vez mais organizado que, independentemente da nacionalidade do produto, alcança o mundo com a colaboração de legenders voluntários.

Há pouco tempo, a prática de legendagem amadora foi combatida no Brasil. A iniciativa da Adepi (Associação de Defesa da Propriedade Intelectual) resultou no fechamento do maior site de legendas da época, o Legendaz.com. A batalha, no entanto, continuou. Menos de um mês após a proibição, o movimento ganhou ainda mais força com o surgimento do Legendas.tv, outro site do gênero, desta vez hospedado em um servidor internacional, fora do controle da Adepi.

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