O espaço em frente à Biblioteca Castro Alves tem se firmado como palco de exposições da produção acadêmica. Dessa vez, são os fanzines produzidos pela turma “B” de editoração eletrônica (jornalismo) da professora Juliana Bonfante que estão à mostra na “Primeira Mega Mini Exposição de Fanzines”, desde o dia 21 até 28 de maio.
Ao passar pelo local, não se perca. Há placas indicativas que sugerem como se comportar na miniexposição, literalmente. “Siga, pegue, leia, pense, critique, capriche e devolva” é o melhor roteiro para que os grupos de visitantes não derrubem os biombos colocados de forma circular. Além do tamanho, outra inovação é a disposição de duas poltronas para o público sentar e ler confortavelmente.
As publicações da exposição falam de preconceitos, MPB, mangás, rock dos anos 80, fanfics (ficção escrita por fãs), universo cult, poesia e até sobre a história do telefone. Os alunos, em duplas, tiveram duas semanas para compor os trabalhos, tanto a parte de reportagem quanto gráfica – principal quesito de avaliação da disciplina.
O fanzine poderia ser definido como uma revistinha produzida por um fã. É uma junção das palavras inglesas fan (fã) e magazine (revista). Normalmente trata-se de um encarte simples (historicamente caseiro) para abordar um tema. Mas, nada impede que se fale de vários assuntos. Não se sabe ao certo como surgiram, mas os primeiros registros datam de 1929, nos Estados Unidos. Os fanzines ganharam força com os movimentos contraculturais, principalmente na França, em 1968. A produção desse material no Brasil começou em 1965 com o fanzine “Ficção”, de Edson Rontani.