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Matéria 4273, publicada em 04/05/2007.


Jornalismo e a escolha da profissão


Um conselho que muitos estudantes ouvem de outros jornalistas: "Ainda há tempo para desistir". A brincadeira às vezes faz pensar porque escolhemos a profissão na qual se é inimigo do tempo, companheiro do estresse e fã do inusitado.


Ana Laís Shauffert, 18 anos, 3° semestre:
Acho que o jornalismo está aí para informar as pessoas. Não que qualquer pessoa não possa informar muito melhor, mas existe algo que faz com que esses profissionais tenham um acesso melhor a certas coisas. Talvez, se não fosse essa dimensão do jornalismo, não seriamos tão informados como somos hoje, não que isso também seja de todo maravilhoso. Jornalismo, ainda é, a meu ver, fazer alguma coisa pelas pessoas, mostrar coisas que todos querem esconder, por exemplo.

(escolha da profissão) Ainda não sei, a princípio entrei com o objetivo de aprender algo, me especializar em alguma coisa que abrisse meus horizontes, que não me deixasse alienada em apenas um assunto, algo nesse sentido, eu não tinha certeza do que eu queria, como me chamaram, resolvi tentar. Agora, tento compreender tudo, já que parece, para mim, muito informação, e pouco entendimento. Ainda estou na faculdade, pois gosto e acredito que a comunicação no geral se não nos salvar, vai nos destruir.

Patrícia Debortoli, 20 anos, 3° semestre:
(escolha da profissão) Escolhi o curso de jornalismo por vários motivos. Eu sempre gostei de fazer perguntas, de descobrir coisas, de ser a primeira a saber. Meus professores do ensino médio diziam que eu escrevia bem.

Jornalismo hoje? Bom. Bem diferente da que eu tinha antes de entrar na faculdade. Muitas coisas foram desmitificadas.

Bruna Nicolao, 20 anos, 7° semestre:
Se a profissão corresponde com o que aprendemos na faculdade? De certa forma sim, mas me desiludi com o mundo da televisão, tanto que saí da Rede TV onde eu trabalhava. Na faculdade tive uma noção que passou longe do meu trabalho na emissora. É complicado, você aprende de verdade quando está no mercado de verdade. Vê realmente como é o jornalismo nos meios de comunicação.

Leonel Camasão, 20 anos, 7º semestre:
Sempre gostei de contar histórias.

Lucas Balduino, 19 anos, ex-aluno, continua o curso em Goiânia:
Porque gosto de sofrer e quero ganhar pouco no futuro. Brincadeira. Estou fazendo jornalismo porque sempre adorei escrever. Escrever sobre tudo, do cocô à bomba atômica. O importante era estar com uma caneta na mão e rabiscando. Depois que entrei na faculdade, vi que era isso mesmo que queria.

Rayana Borba, 18 anos, 3º semestre:
Porque me interessei pela grade, porque acredito que por intermédio do Jornalismo posso fazer o mundo um pouquinho mais justo, por gostar da área de comunicação.

Fabiane Lima Ribeiro, 18 anos, 1° semestre:
Porque é uma área de atuação que encaixa no perfil profissional que pretendo exercer. Comunicação através da escrita.

Keila Stoeberl, 22 anos, 5º semestre:
(concepção de jornalismo) Mudou completamente. Entrei na faculdade acreditando que era possível ser isento ao informar e também que não havia segundas, terceiras ou quartas intenções ao repassar/transmitir alguma informação. Não via nos jornais (refiro-me ao JN principalmente) interesses particulares por trás de determinadas notícias.

Francine Hellmann, 18 anos, 3º semestre:
(sobre a escolha) Porque eu quero ser jornalista, provavelmente na área de política.


Jouber Castro, 18 anos, 3° semestre:
“Nunca tive uma visão romântica do Jornalismo. Sempre soube que era muito, muito difícil trabalhar com isso. Atualmente, passo por uma fase em que acredito que não vou exercer a profissão que aprendo na faculdade. Acho que o jornalismo vai me servir de graduação e aprendizado, além de experiência.

Sared Buéri, 25 anos, 1° semestre:
(concepção de jornalismo) De “instrumento” de emancipação da sociedade; de libertar, em detrimento de “formar” opinião.

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