O telescópio usado na noite de observação celeste é um refletor de montagem Cassegrain, modelo Meade LX-90. Este refletor permite uma ampliação de até 75 vezes, tornando possível a observação detalhada dos astros. Seu tipo de montagem representou um avançou na construção de telescópios, que até o século XVII exigiam a construção de cúpulas enormes para abrigá-los e tornavam o acesso à ocular progressivamente mais difícil. O francês Guillaume Cassegrain foi o teórico óptico que alcançou a combinação mais factível de lentes que possibilitassem a compactação do aparelho: um espelho primário parabolóide e um secundário convexo hiperboloidal que, com algumas variações, dominam a construção dos grandes telescópios atualmente.
Funcionando de modo semelhante ao de uma luneta, o telescópio cassegrainiano apresenta vantagens em relação ao de montagem newtoniana, desenvolvido na mesma época e também modelo para montagens atuais. Uma delas é o pequeno comprimento do seu tubo, que para alcançar uma distância focal de 2 metros não ultrapassa 1 metro de comprimento, enquanto o newtoniano com a mesma característica precisa de um tubo de 2 metros.
Como funciona
O telescópio Cassegrain possui um espelho primário de pequena distância focal e superfície parabólica e um espelho secundário de superfície convexa e forma hiperbólica. No centro há um orifício central pelo qual passam os raios luminosos. Quando o espelho primário capta luz de um objeto ele reflete os raios luminosos para o segundo espelho, o qual possui sua superfície voltada para o primário, refletindo a luz pelo orifício central novamente em direção ao espelho principal.