Quem tem o costume de cruzar a praça Nereu Ramos, no centro de Joinville, não
poderá mais fazê-lo sem ao menos dar uma espiada nos estandes que ocupam o local
a partir de hoje. Trata-se da quarta edição da Feria do Livro de Joinville,
que se estenderá até 5 de abril e deve reunir escritores e artistas de Santa
Catarina e demais regiões do país. Por meio das atrações oferecidas - oficinas,
mesas-redondas, saraus literários, palestras e contação de histórias –,
serão conciliadas literatura e música popular brasileira, tema central desta
edição.
Uma das atrações deste ano é o jornalista e historiador Paulo César Araújo,
autor de "Roberto Carlos em detalhes", uma biografia não-autorizada que está
rendendo polêmica e ações judiciais. Polêmica, aliás, é a marca de Paulo César.
É dele o não menos controverso "Eu não sou cachorro não", em que trata do
universo da música brega durante a ditadura militar.
Neste ano, o paraninfo é o escritor Wilson Gelbcke. Nascido em São
Paulo em 1933, tornou-se catarinense com apenas um ano de idade, quando mudou-se
com a família para Florianópolis. Gelbcke tem 12 livros escritos, sendo sete
deles publicados: “A máscara de Capelle”, “Esses duendes tão míopes”, “Por um
rio você pode fazer milagres”, “Vindita do historiador”, “Primavera em pleno
outono”, “Quatro anjos, quatro destinos” e “Receita para o amor”.
O escritor, que deposita confiança máxima no evento, diz que “a boa leitura
alimenta o espírito e desenvolve o raciocínio, nos preparando para entender e
enfrentar as ciladas do mundo”. A feira tem como missão tirar os livros das
prateleiras e levá-los até as cabeceiras, e, segundo Gelbkce, faz escritores e
leitores se encontrarem, acendendo, assim, a “luz de incentivo à cultura”.
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