Para quem registra o cotidiano na cidade de Joinville o dia não começa tão cedo. Pelo menos, no caso do jornalista Juliano Nunes, do jornal Notícias do Dia. Às 9h00 ele chega a redação, onde a chefe de reportagem Adriana Ferronato o incumbe duas tarefas: uma matéria divertida sobre fantasias de carnaval e outra sobre as empresas que usam o sistema operacional Linux.
O início do dia na redação é divertido. A pauteira conta uma fofoca sobre outro jornalista e todos riem. Então, Juliano, com os objetivos na cabeça, começa a rotina de reportagem. Para a matéria sobre as fantasias faz três contatos. Enquanto ele descobria endereços e nomes, a repórter fotográfica Joyce Reinert espera e o motorista Israel Raimundo, que segundo os companheiros, tem um mapa da cidade na cabeça, avisa que irá esperar no carro. Repórter, fotógrafo e motorista formam uma equipe.
Marcada uma entrevista numa loja de fantasias, a equipe se dirige ao local, e fica comprovado que o motorista realmente tem um mapa da cidade na cabeça. Segundo ele, conhece mais de mil e duzentas ruas. Desafia, diz para falar qualquer nome de rua que ele diz onde fica. Israel também é taxista e quando começou a trabalhar nesta função “não conhecia nenhuma rua”, exagera. Ele gosta do trabalho e é o único motorista do jornal. Eles se divertem durante as corridas.
Enquanto Israel espera no carro, repórter e fotógrafa começam a entrevista na primeira loja, o que na verdade foi uma conversa quase informal com os funcionários. Juliano explica que por ser uma matéria que deverá ser engraçada, eles podem ficar mais tempo ali. Ficaram aproximadamente uma hora. Ao final, Joyce pede para os entrevistados vestirem fantasias e faz um ensaio divertido, essencial para a composição da matéria. Depois disso rumam a outra loja, onde já havia sido marcada a entrevista, e dessa vez demoram apenas trinta minutos. Entrevistam a dona do estabelecimento e clientes, três adolescentes que vieram de São Francisco do Sul comprar fantasias. E foi com eles que se fez mais uma sessão de fotos.
De volta a redação, Nunes se prepara para fazer o texto, separa as anotações enquanto Joyce baixa as fotos no computador. Ele explica que assim que o texto estiver pronto ele envia à uma pasta, na qual a também editora, Adriana Ferronatto, tem acesso. Conta ela, em tom de brincadeira, que, às vezes, mexe bastante no texto dele. Mas que é um ótimo jornalista.
Nunes faz em média duas matérias por dia. Feita a primeira pela manhã, depois do almoço é dado início a outra. E no outro dia a mesma coisa. Praticamente uma rotina que nunca se repete.