Cerca de 80 mil estudantes faltaram à prova do Enade (Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes), no último domingo, 12 de novembro. Agora, os faltosos devem se justificar ao Ministério da Educação até o fim do ano. A comissão encarregada de julgar as ausências só deve aprovar as justificativas que forem atestadas por meio de laudo médico ou boletim de ocorrência. Aqueles que não comprovarem a falta serão impedidos de realizar colação de grau. Os outros 406.076 acadêmicos que compareceram aos 2.081 locais de prova, espalhados entre 871 municípios do Brasil, já podem conferir os gabaritos.

Durante o exame, alunos de 5.388 cursos tiveram cerca de quatro horas para responder a 40 questões. Somente os estudantes de direito puderam contar com o auxílio de livros para consulta. Os resultados da avaliação devem ser divulgados dentro de seis meses, e o boletim de desempenho individual poderá ser consultado a partir de julho do ano que vem. O curso de administração foi responsável pelo maior número de avaliados, seguido de direito, comunicação social e ciências contábeis. A região sul do país registrou o maior índice de presença: 85,8% dos convocados compareceram à prova. Confira o percentual de presença por curso e por região.

Repercussão

No grupo de discussão criado pelo portal Uol, participantes de todo o Brasil comentam sobre o exame. O estudante do 9º período de economia José Alves Chagas Filho, de São Luís (MA), faz duas críticas ao Enade. Ele reclama do tempo reservado às respostas, e não concorda que a mesma prova seja submetida a alunos de diferentes períodos. Aliás, José não é o único a questionar o formato da avaliação. Idan Carlos Borges, acadêmico de direito, em Luziânia (GO), taxou o exame de “longo e cansativo”. Ele também alega que muitos sequer terminavam de ler o enunciado das questões.