Era impossível não notar aquele fusquinha azul estacionado na quadra ao lado da cantina. Mais tarde, seu dono foi descoberto: Jeferson Leandro Wallauer, acadêmico de Enfermagem.
Orgulhoso, Jeferson contou que o Fusca foi o primeiro veículo adquirido com seu próprio dinheiro. “Vai fazer cinco anos dia 14 de dezembro”, pontuou. O carro foi comprado de uma colega que se mudou para Goiás. Depois de fechar negócio, Jeferson, que é técnico de enfermagem no Hospital Regional, recebeu diversas propostas de venda e troca, mas não pretende aceitar nenhuma por enquanto. O motivo é simples: além de cultivar carinho pelo carro, o incômodo com problemas mecânicos é mínimo, e, quando acontece, a manutenção é fácil.
Por apenas duas vezes Jeferson pôde dizer que se incomodou com o fusquinha. Na primeira, em 2001, a correia do motor arrebentou. “Mas tive sorte, pois havia uma loja de automóveis por perto”, contou ele. Na segunda, a avenida Santos Dumont foi testemunha de quando o cabo de aceleração arrebentou. Um mecânico foi chamado e em pouco tempo o problema estava resolvido.
A correia e o cabo foram duas das poucas peças que Jeferson trocou do Fusca até hoje. Além delas, os quatro pneus já foram substituídos e também as velas de ignição. O acadêmico não soube dizer se todas as peças de seu modelo 1976 são originais.
Segundo ele, uma das únicas desvantagens de se dirigir um Fusca é que na estrada os carros mais velozes o ultrapassam com muita facilidade. “Dá raiva disso”, reclama Jeferson. Afinal, segundo o acadêmico, o Fusca vai aonde os outros carros vão, mas devagar. Aliás, o fusquinha já rodou muito na estrada, quando fez grandes percursos como Joinville – Maringá e Joinville – Marechal Cândido Rondon, ambas cidades do Paraná nas quais Jefferson possui ramificações de sua família.