Ele sempre quis ter um Fusca. Afinal, era impossível esquecer das inúmeras viagens que fazia no fusquinha ano 1962 de seu pai quando criança. Para Álvaro de Azevedo Diaz, formado em direito e professor de fotografia há dez anos, o Fusca é um carro absolutamente “cult”, justamente por agradar alguns e não despertar muitas sensações positivas em outros.
Já faz 16 anos que Álvaro possui o fusquinha branco, ano 1978 e totalmente original. O motivo que o levou a adquirir o Fusca, além da nostalgia dos bons tempos de criança, é o fato de que o carro serve perfeitamente, mesmo sendo um utilitário de outra época. Mas o professor não se revela um amante dos besouros: “Não tenho apego. Se precisar vendê-lo um dia, vendo”.
Álvaro conta que já foi surpreendido diversas vezes por problemas mecânicos no carro. Uma delas foi quando estava voltando de Belo Horizonte, Minas Gerais. Um dos quatro cilindros, peça responsável pelas várias fases do ciclo de funcionamento do motor, quebrou. Mas não houve grandes preocupações: o carrinho andou mais 80 quilômetros sem a ajuda do cilindro quebrado até a cidade mais próxima, Juiz de Fora, onde a peça foi consertada.
Em 16 anos, Álvaro nunca sofreu nenhum tipo de discriminação, muito pelo contrário. Já recebeu diversas propostas de venda, porém, pretende usufruir o Fusca por mais tempo.