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Matéria 2809, publicada em 02/10/2006.


Mais prática e barata, assessoria de imprensa ainda é pouco usada

Cláudia Morriesen

Comunicação institucional parece, à primeira vista, um assunto muito tedioso. Jornais, manuais, folhetos, todas publicações direcionadas para empresas e preocupadas em passar uma boa imagem destas ao seu público. Visitar uma agência de comunicação também não parecia uma tarefa muito excitante para a terça-feira à tarde, quando os bolsistas da Revi deixaram seus computadores e suas matérias pendentes para conhecer a Mercado de Comunicação, pequena agência situada na rua Dom Pio de Freitas do bairro Bucarein.

Fundada pelos jornalistas Guilherme Diefenthaler e Ana Ribas Diefenthaler em agosto de 1996, a Mercado de Comunicação é responsável pela assessoria de imprensa de sete empresas em Joinville, além de diversos trabalhos avulsos. O casal iniciou sua participação na área no final dos anos 80, quando trabalhou na agência Matriz, a primeira especializada em comunicação institucional a ser implantada no norte de Santa Catarina. Com a experiência adquirida, realizaram o sonho de possuir uma empresa própria. Atualmente eles contam com uma pequena equipe, formada por Juliana Almeida nos serviços administrativos e a jornalista Daisy Trombetta na redação.

Em duas pequenas salas, a Mercado de Comunicação pesquisa a situação dos clientes e fornece uma “ação de comunicação”, que Guilherme define como “uma ajuda para as empresas a melhorarem sua comunicação com o público”. Com base nessas informações, é produzido o material adequado a cada cliente. A indústria têxtil Döhler, conta fixa da Mercado, é atendida com produções voltadas para os seus diferentes públicos, como um jornal interno para os funcionários e outro para seus familiares, revistas eletrônicas de arquitetura e moda para os clientes da indústria e uma revista semestral voltada para a comunidade joinvilense.

Ana Ribas explica que a comunicação institucional não é tão usada quanto a publicidade, apesar de mais barata. Segundo ela, as empresas ainda estão aprendendo a usar este serviço, consolidado a partir da década de oitenta, mas muito pouco conhecido. Ela também destaca que é o assessor de imprensa “quem dá a cara a cara para bater” em momentos de crise e, por este motivo, é importante para uma empresa contar com um especialista.

A produção da agência segue um processo bem simples, como explica Guilherme. Ele e Ana pautam e a repórter faz as matérias. Guilherme copidesca, edita e envia para o diagramador, o qual reenvia para a Mercado para ajustes. Eles contam com uma equipe terceirizada, formada por dois diagramadores, dois ilustradores e dois fotógrafos. Até um ano atrás, os serviços de repórter também eram feitos por freelancers, mas, a partir de um convênio entre o Ielusc e a agência, Daisy Trombetta —ex-bolsista da Revi —tornou-se a primeira repórter contratada.

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