Segunda-feira, 25 de setembro de 2006, irá ficar marcado na história de Joinville. A cúpula do grupo RBS divulgou, oficialmente, a compra do jornal A Notícia. O presidente da rede, Nelson Sirotsky, e o vice-presidente executivo, Pedro Parente, reuniram-se com mais 34 pessoas, em torno da mesa oval do salão nobre da Acij, para falar sobre o futuro do jornal joinvilense.
A Revi entrevistou alguns envolvidos na operação para saber os próximos passos do negócio. Segundo Nelson Sirotsky e Pedro Parente, o convênio de estágio com o Bom Jesus/Ielusc deve continuar. Eles concordam que é um programa importante tanto para a faculdade quanto para a empresa. Sendo assim não teriam motivo para extingüir o projeto. Além disso, disseram que a idéia é fortalecer a visão local do A Notícia, estimulando cada vez mais o vínculo com os leitores.
Em relação a mudanças gráficas, o futuro diretor de redação, Nilson Vargas, declarou que a princípio o AN não irá virar tablóide. O presidente do grupo também afirmou que a concorrência entre o Diário Catarinense e o impresso joinvilense irá continuar, pois o desejo é reforçar os laços entre Joinville e região.
O ex-proprietário do A Notícia, Moacir Thomazi, declarou que não pretende continuar no ramo da comunicação, até porque no contrato uma cláusula o impede de estabelecer concorrência com a RBS durante cinco anos. Segundo ele, a negociação vinha acontecendo desde 2001 e não houve uma razão específica para a venda, só o interesse de ambas as partes. “Foi uma das decisões mais difíceis da minha vida. O jornal era como um filho”, declarou durante sua fala para o público.
O grupo RBS assume o controle do A Notícia no domingo, 1º de outubro. De acordo com os novos proprietários, a equipe de redação permanecerá “basicamente” a mesma, ocorrendo poucas mudanças. “A RBS tem 5 mil funcionários. Agora teremos 5.500 com a fusão do AN”, disse Nelson Sirotsky em seu discurso para os empresários.
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