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Matéria 2581, publicada em 13/09/2006.


:Divulgação

"O grande líder é aquele que sabe tomar decisões", diz Justus

Publicitário diz nunca ter sido demitido na vida

Bruna Alves e Letícia Caroline


“Você está demitido” não foi a frase mais ouvida na tarde de quinta-feira, 12 de setembro. O publicitário Roberto Justus, em nenhum momento, pronunciou o famoso jargão, durante a entrevista coletiva que aconteceu no Hotel Bourbon, de Joinville. Pela segunda vez na cidade, uma vinda a negócios, Justus veio lançar o livro “Construindo uma vida – Trajetória Profissional, Negócios e O Aprendiz”.

O apresentador do programa “O aprendiz” entrou na sala do terceiro andar do hotel às 17h32 – o evento estava marcado para às 17h30. Encarnando a personalidade demonstrada na atração da Rede Record, logo que chegou Justus pediu que mudassem a ordem dos acontecimentos, pois não havia gostado do jeito que fora organizado. Com as coisas correndo da maneira dele, a entrevista teve início.

Sentado de frente para os 25 participantes – entre eles jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas – Roberto Justus falou durante uma hora sobre o livro, a carreira e o programa. O enérgico empresário da televisão não é tão imponente assim. Frente a frente é possível ver algumas de suas fraquezas. Uma perna balançando incessantemente, uma pálpebra piscando involuntariamente, a boca repuxada por alguns segundos. O mito, considerado por muitos, se desfaz em instantes.

O homem que já demitiu diversas pessoas nunca passou por essa experiência. “Sempre fui patrão de mim mesmo”, faz questão de especificar. No entanto, diz que se fosse um subordinado teria sido mandado embora muitas vezes. Ele também não se arrepende das demissões dos aprendizes. “Já sofri com as demissões sim, mas não sou desses que fica se lamentando”.

Quem não perdeu a oportunidade de falar com Roberto Justus foi o radialista Beto Gebaili. Depois de entrar ao vivo para o programa da Rádio Globo, o publicitário teve que agüentar Gebaili perguntando sobre a sua vida pessoal. Ao desligar o celular, Justus fez uma cara de entediado e disse: “O cara ainda desenterrou a Adriane Galisteu”.

O livro foi resultado de um ano e meio de pesquisa. Roberto Justus gravou o que achava mais importante e passou para o publicitário e crítico de cultura Sérgio Augusto de Andrade a missão de compor a narrativa. O processo de escolha foi difícil e ele garante que muita coisa poderia gerar um novo livro.

A obra é dividida em três partes. A primeira é composta pela história pessoal do publicitário, a segunda conta a trajetória profissional e a terceira a experiência com televisão. Os valores dos direitos autorais não serão revertidos para nenhuma obra social. Segundo ele, as quantias são muito pequenas. Afinal, a editora é que abocanha o maior lucro. “Quando faço palestras procuro reverter parte do dinheiro para instituições”.

Roberto Justus, presidente do Grupo Newcomm de comunicação, ainda se definiu como um homem autêntico e sincero. E filosofou: “Somos ensinados a não falar exatamente o que pensamos. Eu falo tudo que me vem à cabeça, não importa para quem seja”.

Ouça Roberto Justus falando sobre a formação universitária em publicidade

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