Cristiane Schmitz entrou na faculdade em 2001, mas no início não trabalhou na área da comunicação. Quando estava na metade do curso, foi num estágio na agência Primeira Linha Editora que pôde adquirir experiência e contato com o meio jornalístico. “O que se aprende ao intercalar faculdade e o mundo prático não tem preço”, explica.
Formou-se em 2005 e, agora, está no jornal A Notícia. Cristiane conta que se sentiria frustrada se, mesmo bem-sucedida em qualquer outro meio, não trabalhasse em algum jornal impresso.
“A importância da faculdade não é pelo diploma”, diz. Para a jornalista, foram os conselhos dos professores, os livros lidos e o universo aberto que valeram a pena. “O mundo jornalístico é uma rede de contatos, um jogo político, cheio de estratégias, manhas, experiências e debates”, afirma. Cristiane ainda pontifica: “O eterno questionar é o que movimenta a profissão”. Para ela, o campo de trabalho está cada vez mais afunilado. E dá a dica: “O jornalista precisa ser mais focado e seletivo na sua luta por uma profissão. Atirar para todos os lados pode ser dispendioso”. Por isso, Cristiane está começando um mestrado no Departamento de Pós-Graduação de Literatura da UFSC, na área de teoria literária. Sua dissertação será sobre Nelson Rodrigues e Pedro Almodóvar. Ela espera ser uma jornalista cultural.