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Matéria 2330, publicada em 19/06/2006.


Profissionais produzem para jornal impresso, programas de rádio e TV e internet

Erivellto Amaranth

Ao se dirigir até o nono andar do prédio onde está instalada a Câmara de Vereadores de Joinville para fazer uma matéria sobre o funcionamento da TV Câmara, nossa equipe, mesmo recebendo autorização do diretor da casa para circular livremente pelos seus corredores, foi gentilmente convidada a descer os 21 degraus que levam até o andar de baixo para começar a reportagem pela assessoria de comunicação. Quem não queria nos receber naquele momento era o próprio coordenador do canal, José de Borba, alegando que “existe uma ramificação” na estrutura do legislativo e que, por isso, quem deveria passar as informações, em principio, era o diretor geral do departamento, Antonio Viana Neves. Então, como tudo pode acontecer quando um repórter sai para fazer uma pauta, começamos essa matéria falando da assessoria de comunicação da Câmara, não da TV, como estava previsto inicialmente.

Chegando na assessoria, o visitante é contagiado (para alguns, contaminado) pelo clima de Copa do Mundo que paira no ambiente. Desde a porta, passando pelo hall de entrada até chegar à sala do chefe, tudo está devidamente decorado em tons de verde e amarelo, com fitas e bandeiras por todos os lados. Depois de aguardar cerca de dois minutos, Toninho Neves, veterano no rádio joinvilense, onde tece, principalmente, comentários sobre política e, curiosamente, acumula o cargo de assessor de imprensa do legislativo, nos recebeu ao som de Cleber Machado. Em uma TV ligada à sua frente o comentarista da Rede Globo transmitia uma das primeiras partidas do mundial da Alemanha. Ao seu lado estavam dois funcionários do setor. Entre eles, um fotógrafo que preferiu não se identificar, saindo de cena até mesmo na hora da foto. Ele também respondia às perguntas que Toninho desconhecia. Foram uma, duas, três.

Sobre os trabalhos da assessoria, Toninho, 58 anos, explicou: “Nós produzimos o jornal mensal da Câmara, estampando as atividades de cada parlamentar, um programa de rádio exibido em quase todas as emissoras e um telejornal diário na TV Câmara, que é gravado na TV Cidade”. A conversa foi interrompida quando o coordenador foi indagado sobre o nome do programa que é exibido nas rádios. Levantando da sua confortável cadeira, ele foi perguntar para um funcionário a informação. “O programa se chama ‘Rádio Câmara’”, respondeu Antônio Neves quando voltava para sua mesa. “Ele tem apenas três minutos e é semanal”, completou. Ainda no campo do rádio, em que Toninho ficou conhecido na cidade, ele não soube responder sobre como funcionaria a emissora de rádio que o legislativo pretende instalar em breve. Limitou-se a dizer que há um projeto em tramitação e o sistema de transmissão será digital, semelhante ao adotado pela Assembléia Legislativa de Florianópolis. Nem o fotógrafo pôde ajudá-lo nessa questão.

Ao todo são nove funcionários que trabalham na assessoria da Câmara de Vereadores, nenhum concursado. Um diretor-geral (Toninho), um chefe de divisão de imprensa (ocupado pelo radialista Luís Veríssimo), dois fotógrafos, quatro repórteres e um estagiário (estudante do Ielusc). Diariamente eles abastecem o sítio na internet e produzem os materiais citados acima. Todos os dias enviam cerca de 50 mensagens pelos correios eletrônicos para as empresas de comunicação noticiarem as atividades do legislativo municipal. Antonio Neves afirmou que todos os repórteres, com exceção do estagiário, são formados. Mas a mesma exceção pode ser aplicada a ele, que não tem diploma de jornalista. Para encerrar a entrevista explicou a importância da assessoria para a Câmara: “Ela é um elo de ligação tanto interna quanto externa, dando visibilidade dos trabalhos dos vereadores junto à comunidade”.

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