Vereadores que mais gastaram nas campanhas geralmente obtém mais votos

Buscando mais informações sobre os membros do poder legislativo, a Revi compilou alguns números esclarecedores sobre os gastos na campanha eleitoral de 2004. Darci de Matos (PFL), presidente da Câmara, foi o que mais desembolsou com publicidade, segundo o sítio do TSE. No total, foram mais de R$ 72 mil. O investimento na campanha garantiu para o pefelista o título de vereador mais votado da história (7.396 votos). Sua campanha custou mais que a do candidato Clarikennedy Nunes (PP) para prefeito, que ficou em terceiro lugar nas eleições, gastando apenas R$ 48 mil. Coincidentemente, a vereadora eleita com menor orçamento também é do PP — Carmelina Barjona — que dispendeu pouco mais de R$ 5 mil.

Outro número interessante: a soma das campanhas de todos os vereadores em exercício hoje (são 18) não chega nem na metade dos gastos do prefeito Marco Tebaldi (PSDB), reeleito, desembolsando pouco mais de R$ 1 milhão (R$ 1.105.895,74). Vale lembrar que essas despesas encontram-se registradas no TSE. Qualquer eventual possibilidade de caixa dois não está contabilizada aqui.

Publicidade é a alma do negócio

O PSDB e o PMDB foram os partidos a garantir mais cadeiras na Câmara nas últimas eleições. Considerando apenas os vereadores eleitos, as duas siglas gastaram R$ 140.839,69 e 101.357,95, respectivamente, elegendo quatro membros do legislativo cada. O PT, por sua vez, também elegeu quatro, com menos da metade do investimento do PSDB: R$ 62.973,33. Entretanto, dois deles, Zulmar Valverde e Jucélio Girardi, trocaram de partido após a vitória. PFL emplacou o presidente Darci de Matos e Odir Nunes, retirando dos bolsos R$ 90.995,28. PSL elegeu dois, com               R$ 52.622,84, sendo que ambos já saíram do partido. PPS e PP elegeram um cada, mas com gastos bem diferentes: R$ 30.472,77 para José Cardoso e R$ 5.600 para Carmelina Barjona. Vale ressaltar que, quase sempre, a quantidade de dinheiro investida reflete em mais votos.