Segundo dados do Ministério da Saúde, 600 mil brasileiros são portadores do Human lmunnedeficiency Virus — o popular HIV —, e até junho de 2005 era de 161 mil o número de pessoas recebendo tratamento gratuito distribuído pela rede pública de saúde.
Quando descoberta a existência do HIV no organismo, o portador tem de fazer dois exames: carga viral e CD4. O exame de carga viral calcula a quantidade do vírus que está transitando no sangue; já a contagem de CD4, a quantidade de linfócitos (agentes responsáveis pelo sistema imunológico).
O HIV age sobre os linfócitos, usando-os para fazer cópias de si mesmo. A partir do momento que os chamados “defensores do organismo” estão infectados, eles perdem a capacidade de proteger o corpo contra doenças comuns, permitindo o aparecimento de doenças oportunistas. Após a infecção, há um período de incubação de três a seis semanas, tempo que levará para aparecer alguns sintomas. A fase assintomática é quando a pessoa ainda não apresenta qualquer sintoma, mas há uma interação entre organismo e vírus. A última fase corresponde à diminuição de células TCD4 que, quando abaixo de 200 unidades por milímetro cúbico de sangue, possibilitam a aparição dos sintomas típicos como diarréia, dor de cabeça, febre, náuseas, vômitos, entre outros.
Os medicamentos que estão surgindo têm sido válidos para prolongar o tempo de vida dos soropositivos, mas ainda não é possível eliminar o vírus do organismo. Os anti-retrovirais (ARV), como são chamados os remédios utilizados, evitam a ocorrência de doenças oportunistas, que se aproveitam da deficiência imunológica dos infectados. Em todo o processo de medicação, é aconselhável o diálogo entre portador e médico, para que este possa analisar como está se sucedendo a resposta aos ARVs.
A utilização de outros remédios, até mesmo terapia natural, durante o tratamento, seja para amenizar os efeitos colaterais dos ARVs ou para cuidar de outra doença, só é aconselhável com prescrição médica. Tomar medicamentos fora da rotina prescrita pode causar efeitos perigosos ao soropositivo ou anular o efeito que se espera do anti-retroviral.
Esses medicamentos, a curto e longo prazo, podem causar efeitos colaterais. Nos primeiros meses podem ocasionar de diarréias, náuseas, vômitos a manchas pelo corpo. Usar ARVs por muito tempo tende a causar lipodistrofia, que consiste na mudança da distribuição da gordura pelo corpo, se tornando necessária a adoção de uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos regulares. Por estarem com seu sistema imunológico debilitado, pessoas infectadas pelo HIV devem evitar vacinas à base de bactérias ou vírus vivos.