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Matéria 2119, publicada em 10/05/2006.


:Pollyanna Niehues

Estande da Epagri atrai participantes da V Jornada

Evento quer popularizar fitoterapia

Pollyanna Niehues


A V Jornada Catarinense e I Jornada Internacional de Plantas Medicinais reúne palestrantes de vários países — Peru, Panamá, República Dominicana, Costa Rica, Argentina, Suíça — e vai até sexta-feira, dia 12. Uma série de conferências, mesas redondas, minicursos e apresentações culturais relacionadas ao tema — “Diversidade na unidade” — estão acontecendo no Hotel Bourbon, em Joinville, envolvendo estudantes e profissionais da área. O evento, que era catarinense, ganha dimensão e desta vez apresenta uma versão internacional.

Luciano Soares, coordenador da V Jornada e do curso de farmácia da Univille, conta que a intenção é “integrar diferentes modos de olhar essa questão, para que a fitoterapia seja uma alternativa terapêutica oferecida à população, mas com segurança, eficácia e matéria-prima de qualidade”.

A cultura de aceitação de plantas medicinais como medicamento ainda é tímida no Brasil. Luciano explica que no Brasil as plantas são muito mais encaradas como alimento ou, na sabedoria popular, “receitas que o avô ensinou para o neto”. Em contrapartida, levanta um dado da Organização Mundial de Saúde, que estima que 80% da população só pode se tratar com as plantas, por não ter dinheiro para comprar os remédios convencionais.

Mas Luciano está esperançoso: conta que em dezembro de 2005 foi aprovada a política nacional de práticas complementares e integrativas para o SUS, que reúne, além da fitoterapia, a acupuntura e a aromaterapia. Foi aprovada também, duas semanas atrás, a política de fitoterapia para o SUS. São políticas de estado, debatidas e criadas nas conferências de saúde. O coordenador está satisfeito pelo avanço, mas confessa que “implementar é outra história”. Para tanto, é preciso mão-de-obra especializada e infra-estrutura.

A Univille, juntamente com a Associação Catarinense de Plantas Medicinais e a Câmara Setorial de Plantas Medicinais, são as promotoras da V Jornada. “Com esse debate, pretendemos avançar e contribuir para o desenvolvimento da área no Brasil”, conclui Luciano.

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