No auditório de 186 lugares, a divisão entre as turmas era visível. No lado
direito, a maioria do público era composta por calouros de jornalismo. Já
no esquerdo, estavam sentados estudantes de publicidade e alguns veteranos
de jornalismo.
Antes de a palestra iniciar, o coordenador do curso de jornalismo, Samuel
Pantoja Lima divulgou os nomes dos pré-selecionados para a bolsa do artigo 170.
Depois do comunicado, chamou para compor a mesa os professores Juciano Lacerda e
Delia Dutra e o convidado da noite Alberto Efendy Maldonado.
Em meio às conversas do público — que durante o evento esteve inquieto —
Juciano foi o primeiro a falar, explicando como se configurava seu capítulo no
livro. Seguindo a mesma linha, Delia Dutra foi a segunda a falar, também
comentando sobre sua participação na obra. Depois das explanações dos
professores do Ielusc, a palavra foi passada a Efendy Maldonado. Durante 20
minutos, o pesquisador comentou sobre o livro e sobre a mídia brasileira. Samuel
Pantoja definiu a fala do convidado da seguinte maneira: “Foi uma síntese
sobre a teoria da comunicação e uma pesquisa da comunicação durante 30 anos”.
Após a palestra, foi aberto o debate.
No primeiro momento, ninguém quis se pronunciar. O primeiro a se arriscar foi
Jouber Humberto Castro, calouro de jornalismo. Depois dele, Samuca, Pedro Ramirez
e outros alunos também perguntaram e expressaram sua opinião.
Antes do evento, Efendy esteve durante uma hora no Necom. A bolsista Djulia
Justen achou a reunião do grupo de estudos mais interessante do que a palestra
no anfiteatro. “Durante a tarde a conversa foi mais produtiva, pois ele deu
dicas de como o Necom pode se configurar como um grupo de pesquisa”, explicou
ela.
Na opinião de Heloíse Gonçalves Nunes estudante do 3o período de jornalismo,
o teor das falas era muito teórico, por isso as pessoas ficaram dispersas. “Foi
um evento morno, o que agitou foi a colocação do Samuca”, salientou a estudante.
Por outro lado, para o estudante do sétimo período de jornalismo, Fabrício Porto
os três integrantes da mesa argumentaram sobre a ligação que é preciso existir
entre teoria e prática. “O evento fez com que o contexto teórico e prático da
comunicação fosse debatido em um espaço acadêmico, no qual muitas vezes esses
dois aspectos são separados de uma forma um tanto ditatorial”, explicou
Fabrício. Para o coordenador do curso de jornalismo o debate foi muito bom, pois
ajudou a refletir como a ação da mídia é encarada e a necessidade de pensar as
interfaces da teoria.