Mais uma vez, os bolsistas da Revi saem para visitar os veículos de comunicação de Joinville. O percurso até a “subida da RBS” é feito com o carro da bolsista Pollyana Niehues e da professora Izani Mustafá. Ao chegar, ficamos alguns minutos esperando na recepção. Uma placa datada de dezembro de 1979 mostra a autorização do presidente da República, Ernesto Geisel, co-assinada também pelo então ministro das comunicações do governo Figueiredo, Haroldo Corrêa de Mattos, pelo governador do estado, Jorge Bornhausen, e pelo prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira. Belo time de políticos na inauguração da “TV Santa Catarina – canal 5”.
Lá, encontramos um pequeno conglomerado de mídia “local”. Rádio Itapema, rádio Atlântida, RBS TV e a sucursal do Diário Catarinense funcionam no prédio. Os “jornalistas multimídia” , como foram chamados, trabalham em uma redação integrada, que produz material para rádio, TV e jornal impresso, além de, eventualmente, material para a TV COM Florianópolis e para a rádio CBN da mesma cidade.
Itapema e Atlântida retransmitem grande parte de sua programação. As duas rádios, contando o estúdio de gravação, cabem com folga na redação da Revi. A “sucursal” do DC funciona com um repórter e um computador. Não há reunião de pauta, e a Rede Globo tem poderes para diminuir ou aumentar a edição dos jornais televisivos locais. “Agora, na Copa, por exemplo, teremos 16 edições do Jornal do Almoço canceladas”, diz Gislene Bastos, coordenadora de telejornalismo da emissora e apresentadora do RBS Notícias, que nos recepcionou muito bem.
Os blocos dos telejornais não são fixos. Dependendo do conteúdo, eles podem diminuir de tamanho. Os apresentadores trabalham em escala de folga, o que torna a troca de apresentadores muito mais freqüente. Até o estúdio, que tem produção exclusiva para jornalismo, é menor que o estúdio do Ielusc. Só dez pessoas são necessárias para fechar o Jornal do Almoço. Realmente, não foi nada animador visitar as TVs de Joinville. As perspectivas nesse mercado não são as melhores.