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Matéria 2037, publicada em 24/04/2006.


:Leonel Camasão

Sala de switcher da TV Cidade

Impressões de uma visita à TV Cidade

Letícia Caroline

Seis bolsistas da Revi espremidos em um Corsa Sedan. Foi assim que chegamos para a visita à TV Cidade. Impossível esconder a decepção, ao se deparar com uma casa. Para os que não conheciam e esperavam algo maior, a primeira impressão foi frustrante. Logo, o desapontamento inicial daria lugar a empolgação novamente, devido aos episódios divertidos que presenciamos lá dentro.

Na recepção pequena, uma mulher loira atendia ao telefone e nos mandava esperar na sala ao lado. De frente para uma televisão com a programação da emissora e ao som de músicas dançantes, ficamos os seis e mais a professora Izani Mustafá, esperando que alguém guiasse nossa visita.

Em meio a um barulho que misturava música e a falaria dos funcionários, iniciamos o tour, guiados pela produtora Rochele Algayer. A primeira parada foi o camarim. Gravatas coloridas e paletós faziam parte do cenário, assim como o secador de cabelo e um grande espelho. Na frente do camarim localiza-se o estúdio 1, no qual são gravadas diversas atrações durante o dia, inclusive o polêmico “Encontro com a imprensa”. Aliás, por sorte ou azar, pudemos presenciar a gravação do tal programa. Mas isso é um assunto para mais tarde.

O estúdio 2 esconde, atrás das cortinas beges, diversos painéis que ilustram os programas. Além da bancada do “Som da gente”, atração que dá oportunidade aos músicos da região. A produtora diz que todos os dias os painéis são montados e escondidos. “Quando falta gente e é preciso pegar no pesado, até eu ajudo”, confessa Rochele, formada em Publicidade e acadêmica do curso de Jornalismo do Ielusc. Isso porque a emissora conta com uma equipe de dez pessoas na produção.

Na parte de cima da casa fica a sala de edição. Com computadores, estantes e papéis colados na parede, a sala é agradável. E lá no cantinho da mesa se vê um pote de bolacha e uma garrafa de café, para distrair o estômago dos funcionários.

Perto do camarim e do estúdio 1 ainda fica a sala de switcher, onde a programação da emissora é colocada no ar. Na sala estreita, ficam duas mesas com televisões, DVDs e aparelhos que permitem o funcionamento da TV Cidade. Foi nesse local que, sentados no chão, assistimos à gravação do “Encontro com a Imprensa”. E além de ver Toninho Neves conversar com o prefeito pelo celular, tivemos que escutar pérolas das três estrelas da atração.

Beto Gebaili, Luís Veríssimo e Toninho Neves estavam em um dia inspirado. Indignados com a criação de uma comunidade no Orkut contra eles, soltavam ameaças e ofensas para todos os lados. Com isso, aproveitaram para alfinetar a imprensa joinvilense e todos que não gostam do “Encontro com a imprensa”. “Estamos revolucionando a mídia joinvilense. Estão todos aprendendo a fazer jornalismo com a gente”, gabou-se Gebaili. Nesse momento, não conseguimos esconder a revolta e fomos obrigados a rir, ao escutar uma declaração dessas. A impressão que ficou, era de que se tratava de um programa humorístico e não jornalístico.

Depois das falas dos apresentadores maltratarem nossos ouvidos, fomos para a sala de reuniões. Como a maioria dos compartimentos da casa, a sala de reuniões é pequena e a decoração branca dá um ar de tranqüilidade. Sentamos ao redor da mesa e conversamos com Thabata Cristina Maes, que cuida da administração da emissora. Ela contou um pouco da história da TV Cidade e explicou os princípios da empresa.

A compra da TV se deu em junho de 1999. De lá pra cá, a emissora teve mudanças administrativas e de equipe de trabalho. Hoje, quem deseja ter um programa, paga pelo espaço e pode trazer a atração pronta, ou produzir lá. No total, são 26 programas com temas como religião, saúde, eventos sociais e política. Em relação à audiência, ela diz que, na maioria das vezes, eles medem a popularidade dos programas pelo telefone. Ou seja, só quando os programas são ao vivo. “Sábado à noite, quando o ‘Encontro com a imprensa’ vai ao ar, é uma loucura. As pessoas não sabem que é gravado e ficam ligando tentando falar com os caras”, declarou Thabata, aumentando nosso espanto.

Depois de quase duas horas, a visita chega ao fim. Os seis bolsistas se espremem no Corsa Sedan e voltam para o Bom Jesus/Ielusc, a fim de passar para o papel, as impressões adquiridas durante a tarde. E que venham as próximas emissoras...

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