Indiscutível o consenso sobre preferências, vide o frenesi por Teletubbies e Calypso. Então há quem goste, e muito, do estresse. Por vezes, assessores de imprensa costumam ter tantos chiliques quanto os colegas do outro lado do balcão – conforme pesquisas, menos estressados apenas que bombeiros e controladores de vôo. Altamente qualificados, espertos, criam factóides e blindam (ou promovem) seus clientes diariamente. Lidam com o assédio da imprensa e moldam a opinião pública. De carona com uma nota do amigo Antonio Anacleto publicada pelo semanário Gazeta de Joinville, entendo que tê-los no legislativo joinvilense é fundamental. Creio firmemente que o Bom Jesus/Ielusc tem contribuído significativamente para tanto, mas não basta apenas dispor o mercado de bons quadros. Os recentes episódios cobertos pela imprensa local provaram, mais do que nunca, que as redações da cidade distribuem material de primeira grandeza, embora não seja possível dizer o mesmo do gabinete de alguns parlamentares. A eles carece a confiança num assessor de imprensa de qualidade indubitável, estressado ou não. Uma das maiores prerrogativas da atividade política é a prestação de contas. Ao levar à sociedade seu trabalho, os políticos não apenas cumprem com o que esperamos deles mas também, eventualmente, ganham o tão disputado espaço nas linhas de jornal. Quem viu o senador Aloizio Mercadante (PT/SP) celebrar o lead de uma matéria do jornal O Globo no documentário “Entreatos”, de João Moreira Salles, sabe do que falo. A amiga Carolina Spricigo trouxe em seu trabalho de conclusão do curso de jornalismo do Bom Jesus/Ielusc uma constatação fundamental, mesmo que óbvia. A maioria das matérias jornalísticas tem como base o trabalho de assessores de imprensa. Mais: muitos textos encaminhados por eles são reproduzidos na integra pelos veículos de comunicação. Se você, assim como eu, gosta de nuvens carregadas e se alimenta de estresse, vá visitar nossos vereadores. Quem sabe você ganha um emprego e a sociedade passe a contar com mais transparência no legislativo.
Manoel Schlindwein, jornalista, ex-aluno do Ielusc, escreve para a revista \\\"Desafios do Desenvolvimento\\\", em Brasília