A lentidão da Rede Bonja, que tem afetado toda a comunidade acadêmica neste
início de semestre, está com os dias contados — pelos menos é o que promete o Secord
(Setor de Comunicação e Recursos Digitais). Isso porque algumas mudanças foram
projetadas pelo Secord.
O primeiro passo foi a criação de um projeto-piloto, por parte do
administrador de redes Jean Rafael Schulz. A intenção era unir as redes das
unidades Centro e Saguaçu, fazendo com que elas se comunicassem via rádio. O
projeto de integração está pronto e custou R$ 27 mil. Em relação à internet, foi
adquirido um link dedicado, no qual a Rede Bonja terá um cabo ligado diretamente com
a central da GVT, o que fornece banda garantida melhorando o serviço oferecido.
O contrato foi fechado há duas semanas, mas a instalação deve ficar pronta no
final de março. De acordo com Jean, a aprovação demorou devido a escolha da
operadora e as negociações realizadas nesse período. Ele recomenda muita calma até a implantação total do sistema, pois o Secord conta com uma equipe pequena para administrar toda a infra-estrutura da rede.
Enquanto isso, os acadêmicos sofrem e se indignam. Dariane Marla Klegien, 19
anos, entrou na instituição em 2004 e, de lá para cá, as coisas só
pioraram. “Como passo a maior parte do tempo na faculdade, preciso das máquinas
para fazer minhas coisas, mas têm dias que é impossível fazer algum trabalho”,
relata a acadêmica do 5° período de enfermagem.
A unidade Centro possui cinco laboratórios que contam com uma média de 230
máquinas. Juntando com os computadores do setor administrativo, o número aumenta
para 330. Todos os alunos e funcionários têm acesso à rede. É no período noturno
que os laboratórios são mais utilizados pela maioria das turmas de comunicação
social. Além disso, os estudantes procuram o local para conectar-se à internet,
fazer pesquisas e finalizar trabalhos. “Esses laboratórios são uma piada. Você
quer pesquisar alguma coisa, não consegue se conectar, quer fazer um trabalho e
não consegue abrir os programas”, reclama Paulo Horn, 20 anos, acadêmico do 5°
período de jornalismo.
O que muita gente não sabe é que o Secord dispõe de um serviço de registros,
o SAM (Sistema de Apoio à Microinformática). Por meio dele, o acadêmico pode
enviar um e-mail relatando problemas ocorridos com a máquina e solicitar
solução. “Recebemos mais reclamações dos professores. Os alunos não têm
conhecimento da ferramenta porque desconhecem o serviço”, relata Tiago
Vedana, analista de suporte.
Apesar da renovação na rede, não há nenhuma previsão de investimentos em
novos computadores, só manutenção. “Essa história de mudança eu escuto desde que
entrei aqui. No fim fica tudo como está”, critica Paulo.