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Matéria 1710, publicada em 23/02/2006.


Acadêmicos em todo o país defendem o xerox

Lygia Veny

Em protesto contra a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, que representa editoras de todo o país, os estudantes de escolas e universidades públicas e particulares lançaram, em 22 de fevereiro, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH), o manifesto nacional “Copiar Livro é Direito”, que defende a reprodução de obras nas instituições de ensino. O movimento conta com a participação de acadêmicos da USP, PUC-SP, Fundação Getúlio Vargas (SP), Mackenzie, Ibmec-RJ e Universidade São Judas (RJ). No ano passado, a associação solicitou à polícia ações de busca e apreensão de cópias de livros nas universidades.

Desde abril de 2004, a fotocópia de livros foi proibida. No Ielusc, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) ainda não tem conhecimento sobre a manifestação. A reprografia da instituição faz cópia de apenas 15% de cada obra. Mas, segundo a funcionária Zoraia de Oliveira, quando um professor não encontra determinado livro na biblioteca ou numa livraria “abrimos uma exceção e, somente neste caso, fotocopiamos toda a obra.”

Conforme o gerente da central de serviços da Selbetti, César Luiz Saturno, há mais de um ano e meio a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos não fiscaliza as centrais de cópias. “Hoje não há um órgão que controle a reprodução de livros. Estamos seguindo a lei determinada na época em que a associação tratava deste assunto. A situação está ao léu.”

Mais informações no site www.abdr.org.br

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