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Matéria 1658, publicada em 25/11/2005.


:Bruna Nicolao

Celso apresentando o "Globo no ar"

"Não ter medo de começar do zero"

Bruna Nicolao

Por volta das 13h30, o radialista Celso Schimidt, 44 anos, chega na Rádio Globo AM (1.590 KHz) e corre para o computador verificar sua caixa de e-mails. Com algumas bisbilhotadas na internet, Celso navega até encontrar notícias essenciais para um programa de cinco minutos, o “Globo no ar”. O rápido boletim é apresentado a cada hora, contém informações locais e estaduais e destaques nacionais. O operador técnico Eduardo Pereira está no estúdio quando Celso entra dois minutos antes das 14 horas. “São duas horas, horário de Brasília...”, narra o locutor, e inicia mais um “Globo no ar”, apresentado todos os dias a partir das sete horas da manhã. Às 17 horas, Celso Schimidt apresenta o “Globo cidade”, composto de notícias políticas e sociais de Joinville com a presença de entrevistados.

O jornalista tem 21 anos de rádio. Nasceu no oeste do estado, na cidade de Galvão, 550 quilômetros de Joinville, e a partir de 1984 começou a trabalhar na Rádio Clube de São Domingos. Rádio sempre foi sua paixão. Quando criança, brincava de narrar jogos de futebol em latinhas com seus amigos. E quando completou 20 anos de idade, sem experiência em rádio, pediu um espaço na Rádio Clube. Começou como operador técnico e depois de um mês já fazia reportagens. Foram dez anos até ser chamado para trabalhar na Musical FM em Canoinhas, como apresentador, produtor e narrador esportivo. Ficou um ano em Canoinhas, e ao mesmo tempo foi freelancer da rádio Floresta Negra AM em Joinville como narrador de jogos de futebol. Em 1996, veio para Joinville e trabalhou por quatro anos na Radio Difusora. Entrou e está estabilizado até hoje na rádio Floresta Negra AM, que se tornou há um ano e meio Rádio Globo AM, afiliada ao Sistema Globo de Rádio.

Celso quis fazer faculdade depois de 15 anos na profissão de locutor para aprimorar seus conhecimentos. “Eu sabia que uma hora eu iria fazer o curso, eu sempre quis fazer”, ressalta Celso “Queria melhorar naquilo que já faço”, complementa. Quando surgiu o curso em Joinville o locutor prestou o vestibular.

O locutor fala sobre o que mudou para ele após a formação.

Ouça o conselho de Celso aos universitários

Celso Schimidt conta que em Joinville os locutores são muito mal pagos. “O piso de um radialista é menor que dos catadores de lixo, não querendo desprestigiar a profissão deles”, desabafa Celso. O locutor ainda indigna-se com o Sindicato de Radialista de Joinville, que “permite qualquer pessoa usar o microfone sem controle, sem curso, nem nada”.

Amante da natureza, o radialista curte fazer trilhas. Gosta muito de sair para dançar e jogar xadrez. “Também não perco Fórmula 1”, diz ele. Nos projetos futuros, Celso fala seriamente: “Não tenho muitas pretensões ou sonhos, alimento a expectativa de receber um salário satisfatório e ainda sonho em escrever uma coluna em jornal com variedades esportivas.”

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