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Matéria 1513, publicada em 20/10/2005.


Livro conta a peleja de Leonel Brizola contra rede Globo

Erivellto Amaranth


Fraude nas eleições para governador do Rio de Janeiro em 1982. Faltando poucos dias para a votação, a Globo decide que elegerá o candidato Moreira Franco (PDS) e arma um esquema para manipular os resultados. Na madrugada, Leonel Brizola (PDT) recebe uma ligação anônima revelando que vão roubar dele o resultado. A Proconsult, empresa responsável pela apuração, é acusada de fraudar os votos e favorecer Franco. Esse é o enredo do livro “Plim Plim: a peleja de Brizola contra a fraude eleitoral”, do jornalista Paulo Henrique Amorim, escrito em parceria com Maria Helena Passos.

Na obra, Amorim e Passos afirmam que a explicação da Globo nas investigações do escândalo Proconsult ficou muito mal contada. Fontes citadas pelo jornalista garantem que pessoas não só distorceram o andamento da apuração, mas também mentiram. O jornal O Globo foi acusado de publicar estatísticas fraudulentas, colocando o candidato Moreira Franco na frente da disputa eleitoral. No mesmo dia, o Jornal do Brasil, empresa onde Paulo Henrique trabalhava, publicava na capa uma pesquisa colocando Brizola como possível vencedor. A narrativa também recebe um clima de suspense policial, já que o livro relata a investigação de civis escoltados pela Polícia saindo do prédio da zona eleitoral, na madrugada da apuração, com várias cédulas rasuradas, um caminhão tombado na Avenida Brasil, espalhando urnas eleitorais.

O autor

Paulo Henrique Amorim nasceu no Rio de Janeiro, é formado em sociologia e política. Sua carreira é marcada pelo pioneirismo. Foi o primeiro correspondente da revista Veja em Nova York; abriu o escritório da Globo também na Big Apple; iniciou as coberturas em tempo real para WebTV, no antigo ZAZ.

Sua primeira cobertura foi do levante gaúcho conhecido como Legalidade, em 1961, quando o presidente Jânio Quadros renunciou e o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, mobilizou soldados e jornalistas para garantir a posse do vice, João Goulart.

Como correspondente internacional entre os anos 1970 e 1990, Paulo Henrique cobriu os mais importantes eventos mundiais como o escândalo de Watergate, o fim do comunismo, a queda do muro de Berlim, a Guerra do Golfo (1991). Atualmente ele comanda o programa jornalístico Tudo a Ver, na Rede Record, e é editor de jornalismo do Portal UOL.

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