A greve dos Correios, iniciada no dia 14 de setembro, terminou nesta
sexta-feira em todo o território nacional. Os carteiros e funcionários de
setores de distribuição reivindicavam reajuste de 47,67% nos salários, mas
acabaram aceitando os 8,5% propostos pelo do TST.
Em Joinville, a greve durou sete dias úteis, com a adesão de 35% dos
funcionários. Segundo o coordenador de atividades externas dos Correios de
Joinville, Francelino Gerbler, a greve resultou em um atraso expressivo na
entrega das correspondências.
Os Correios estimam prejuízos de R$ 160 milhões no país. No entanto, admitem
que parte deste valor poderá ser recuperado com postagens que foram apenas
adiadas.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Vantuil Abdala,
propôs uma conciliação com os representantes da Fentect (Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos) no dia 16 de setembro. Ele
sugeriu 8,5% de reajuste salarial a partir de 1º de agosto, e outros 3,61% em
fevereiro de 2006, com um abono de R$ 800,00. A proposta, inicialmente
rejeitada, foi aceita nesta sexta-feira pela categoria.
Os Correios alegam que o percentual reivindicado implica em um aumento de R$
24 bilhões nas despesas nos próximos 12 meses. Segundo a empresa, somando este
percentual aos benefícios, como vale-refeição, assistência médica familiar e
cesta básica, o salário inicial passa de R$ 448,00 para R$ 1,2 mil.