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Matéria 1395, publicada em 14/09/2005.


Serviço funciona como "terapia breve"

Jessé Giotti

Muita gente não sabe como funciona, nem mesmo que existe esse programa na instituição. "É importante que o serviço de apoio psicológico seja mais conhecido pelos estudantes para que estes possam usá-lo com mais propriedade", diz a psicóloga Maria Aparecida Perez Luzzi, responsável pelo serviço de apoio psicológico ao estudante do ensino superior e do ensino médio noturno. Formada em Gestalt-terapia, Maria Aparecida também atende em clínica particular e como voluntária do Centro de Estudos da Família (Cenef).

A psicóloga destaca a importância desse serviço no meio acadêmico: “Várias universidades criaram ou estão criando este espaço porque se percebe o quanto os aspectos emocionais podem alterar o desempenho acadêmico-profissional”. O apoio serve como um suporte para o estudante levar o curso de forma equilibrada. É comum que problemas psicológicos como a depressão, que não necessariamente tenham a ver com o curso, afetem o desempenho do aluno, podendo levá-lo à desistência.

A depressão, a queixa mais comum, pode se manifestar em qualquer pessoa. Atualmente o diagnóstico de transtorno depressivo, a síndrome do pânico e os transtornos alimentares têm ocorrido com mais freqüência em toda a sociedade. Segundo a psicóloga, isso se deve tanto ao aumento de tensão do meio sócio-cultural quanto à flexibilidade nos critérios do diagnóstico. Os sintomas de depressão são desânimo e desatenção, entre outros. Durante o estado depressivo qualquer coisa extra-curso toma proporções maiores e causam efeito mais intenso, de difícil dissociação, podendo beirar o insuportável — na medida em que acarreta problemas inter e intrapessoais.

“No serviço de apoio tento saber o que está acontecendo", explica Maria Aparecida. "Então busco dar suporte para situações nas quais a pessoa está encontrando dificuldades”. O método, diz ela, é de abordagem humanista na linha da Gestalt-terapia e, no caso específico, funciona como uma "terapia breve", com cerca de dois meses de duração. A necessidade de continuação ou indicação a outro profissional será avaliada levando em consideração as peculiaridades de cada caso.

Atualmente os estudantes que mais procuram o programa são do curso de enfermagem, geralmente na época do estágio prático, quando ficam sob a tensão da avaliação e do encontro com os pacientes. A procura por parte dos acadêmicos de outros cursos vem aumentando a cada semestre e mesmo professores do ensino superior têm buscado apoio psicológico. Para marcar consultas, os interessados devem procurar a secretaria geral do Ielusc. Além da depressão, os alunos também buscam apoio para casos de dificuldade de relacionamento, tensões criadas pelo ambiente acadêmico e orientação vocacional.

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