A falta de recursos pode fazer o único Museu da Bicicleta (Mubi) da América
do Sul fechar as portas. O dono do acervo não recebe salário há sete meses.
Mesmo assim, o Mubi continua sendo o museu mais visitado de Joinville.
O acervo é composto por mais de 16 mil peças, que vão de bicicletas a papéis
de bala que homenageiam o veículo. O museu foi fundado nas comemorações de 150
anos de Joinville e vem enfrentando sérias dificuldades financeiras e de
estrutura física. “O prédio aqui é bom, mas tem goteiras, as instalações
elétrica e hidráulica precisam de uma reforma”, enfatiza Valter Busto,
coordenador do Mubi.
Mais de 100 mil pessoas já passaram pelo local. Fazem parte do acervo desde
as mais simples peças até uma bicicleta doada pelo Exército Suíço. O Mubi é uma
entidade cultural sem fins lucrativos. O acervo é particular, mas as finalidades
são públicas: fundação privada de interesse público.
Mas não é apenas a situação do Museu da Bicicleta que está ruim. As demais
entidades do gênero que existem na cidade também perdem influência a cada dia
que passa. As peças não são valorizadas e a visitação é baixa. “A situação dos
museus de uma forma geral é caótica”, salienta Busto.
Valter Busto é estudante de jornalismo do Bom Jesus/ Ielusc e proprietário de
todo o acervo do Museu da Bicicleta. Ele toma conta do local e tem um contrato
de locação do acervo com a prefeitura local. Mais do que tudo isso, Busto é um
amante das magrelas. Ele não abre mão de utilizar o veículo, que já faz parte de
sua vida há mais de 40 anos.
O museu está aberto ao público de terça a domingo, inclusive feriados, nos
seguintes horários: das 9 às 12h, e das 14 às 17h.