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Matéria 1118, publicada em 27/04/2005.


Pesquisa aborda microcâmeras pela visão ética

Vanessa Bencz

Um assunto provocou debate acirrado entre a banca em plena apresentação de monografia. Ângela Thomaz Domingues, acadêmica de jornalismo, apresentou em 25 de abril, na Deutsche Schule, a pesquisa intitulada “Câmera Oculta: a deontologia como agente legitimador”. O orientador foi o professor do Ielusc e presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade. Na banca estavam o professor de diagramação, Gastão Cassel, e o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Luiz Fernando Assunção.

Ângela enfatizou a banalização do uso de câmeras ocultas em reportagens investigativas, o que acaba revelando informações desnecessárias e usando impropriamente imagens de pessoas. Por conseqüência, a ética jornalística entra em questão. “Microcâmeras conferem sensacionalismo à matéria, e apelam para o lado emocional dos telespectadores, em vez de informá-los”, enfatiza a estudante. A banca e o orientador do projeto abordaram a questão pela visão profissional e discutiram episódios famosos em que as câmeras foram utilizadas, citando jornalistas adeptos ao recurso – Tim Lopes, jornalista assassinado, foi um dos exemplos.

A acadêmica recebeu nota 8,4. Ela ressalta que a maior barreira, nos cinco meses em que desenvolveu a monografia, foi encontrar bibliografia específica. Ângela pretende fazer pós-graduação ou mestrado em breve, mas ainda está indecisa com relação ao futuro.

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