Um mural do Ielusc (Instituto Educacional Luterano de Santa Catarina) tem provocado curiosidade em quem passa pelos corredores da faculdade. Recentemente foi divulgada a avaliação institucional dos alunos no que diz respeito à estrutura, administração e dados estatísticos dos estudantes. Esta primeira análise foi realizada em sala de aula no período de 30 de agosto a 10 de setembro.
A pesquisa foi pensada para identificar os níveis de satisfação dos acadêmicos, tendo como base os índices que variam de 0% até 100% em relação a cada item. A qualificação matemática aponta as deficiências e qualidades no processo educacional e estrutural. Participaram do processo 603 alunos, ou seja, 73% do corpo discente das faculdades. De todos os entrevistados, 66,83% são do sexo feminino.
Entre as questões levantadas pela pesquisa, o que chamou atenção foi que 59,54% dos alunos trabalham para pagar a faculdade e 44,44% deles estão na faixa dos 19 aos 21 anos de idade. Pontos mais intrigantes também faziam parte do questionário. A cantina do Ielusc não passou despercebida. Do conjunto dos alunos entrevistados, cerca de 14% não concordam com a maneira como são prestados os serviços nela.
Por outro lado, os colegiados são desconhecidos por 25,70% dos estudantes, segundo a pesquisa, o que demonstra a falta de comunicação dentro da instituição. No que diz respeito ao espaço destinado ao lazer, 47,37% dos acadêmicos do curso de Educação Física consideram os locais disponíveis ótimos para a utilização, ao contrário dos estudantes do curso de Jornalismo; apenas 3,51% deles acham que os lugares de entretenimento são adequados.
As salas de aula oferecidas pela universidade satisfazem cerca de 36,84% dos alunos de Educação Física estão satisfeitos. Os níveis mais baixos em relação à satisfação plena das salas de aula estão concentrados em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Turismo. Os usuários do Complexo Bom Jesus localizado no Saguaçu estão mais satisfeitos do que aqueles que utilizam a sede do centro da cidade.
Dentre outros aspectos mais impactantes, a coordenadora do ensino superior da instituição, Lúcia Schneider Hardt, ressalta que no geral a avaliação rendeu bons resultados. SAC (Serviço de Atendimento ao Estudante) e colegiados foram pontos pouco lembrados pelos estudantes, segundo esse estudo. A falta de cursos de língua estrangeira, mais parcerias com a as coordenadorias de ensino, bem como melhor infra-estrutura também foram fatores preocupantes.
A coordenadora ainda lembra que o Sistema Nacional de Avaliação já está previsto por lei federal, estimulando todas universidades a aplicarem esse tipo de pesquisa. Além de implementar o estudo, a proposta é desenvolver uma análise de como os estudantes, professores e funcionários estão avaliando a estrutura administrativa e pedagógica. O próximo passo será o levantamento de informações relativas a cada disciplina, o que já está previsto para acontecer no mês de novembro deste ano.