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Matéria 0878, publicada em 25/10/2004.


:Joyce Reinert

Movimento continua intenso na agência da Princesa Izabel

Crescimento da internet não diminui movimento dos Correios

Daisy Trombetta

            Existem hoje 182 milhões de habitantes no Brasil. Desses, cerca de 20 milhões são usuários da internet. Logo, mais de 160 milhões de brasileiros continuam sem acesso à rede mundial de computadores. E são essas pessoas que mantêm a força da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) nos dias de hoje. Apesar do crescimento cada vez mais acentuado dos serviços virtuais, só no ano passado foram transportadas mais de 9 bilhões de correspondências. Além disso, a internet trouxe novas estratégias para o segmento.

 

            O número de correspondências diminuiu com o passar dos anos. Em contrapartida, os Correios estão aproveitando a internet para lançar novos serviços. O aumento de compras virtuais é um fator que contribuiu, pois o transporte dessas encomendas é feito pela EBCT. Projetos para implantação de terminais de acesso público à internet também estão dentro dos planos, bem como criar possibilidades de certificação digital, uma espécie de cartório via internet.

 

            Mesmo com o aumento do número de empresas que fazem o transporte de encomendas, os Correios continuam atendendo à maior fatia do mercado. “Ainda somos a empresa mais atuante do setor”, enfatiza Valdir Neumann, gerente da agência Princesa Izabel, em Joinville.  Prova disso, é que possuem proteção legal para monopolizar o envio de cartas, telegramas e malotes. Uma complementação da Constituição Federal, lei número 6.538, assegura a exclusividade.

 

           

 

Profissão de carteiro tende continuar

 

 

 

            Um carteiro começa a trabalhar por volta das 7 horas. A partir daí, faz a separação e ordena todas as entregas. Sai para a rua e só volta quando o serviço estiver terminado, ou todas as encomendas estiverem em seus destinos. A jornada é de oito horas diárias.

 

            Para saber quantos carteiros são necessários em cada parte da cidade as agências fazem um estudo. O sistema calcula a região, junto com a média de cartas e o relevo da área. Se este for muito acidentado, necessita de mais pessoas, por exemplo. Dependendo do local, o profissional faz as entregas a pé, de bicicleta, de moto ou de carro.

 

Os Correios têm hoje 130 mil funcionários em todo o Brasil, sendo que 53 mil deles são carteiros. “A profissão de carteiro nunca vai acabar, a não ser quando o computador for capaz de transportar as mercadorias”, afirma Neumann. Só em Joinville existem 180 funcionários do setor distribuídos em 11 agências, sendo três do governo e oito franquias.

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