A realidade é dura. Anuciantes despreparados e publicitários egocêntricos, que, por um lado, buscam apenas satisfazer seus egos e receber sua taxa diária de auto-estima e de outro os profissionais publicitários de linha de produção, atropelando processos, queimando etapas e ignorando a importância da boa sacada, que se constrói, na maioria dos casos, após a leitura e entendimento de um bom briefing.
Todos sabem, e repetem incansavelmente, que a divulgação eficiente de um produto ruim não traz benefícios para nenhuma das partes, anunciantes e agências. A razão disto é que a publicidade, com todas suas teorias e “poderes”, é apenas uma das ferramentas do marketing e depende do funcionamento de outras ferramentas para poder desempenhar seu papel. O mais irônico, é que as próprias agêcias ignoram este fato, criando e vendendo uma imagem fictícia de si.
Planejamento é artigo raro nas pequenas e médias agências, apesar do que dizem. Isso reflete em resultados negativos, principalmente para as agências. A falta de planejamento é desastrosa porque pode não trazer resultados eficazes, constiuindo um dos motivos para a publicidade, em tempos de crise financeira, ser um dos primeiros orçamentos a ser cortado. Também pode ser razão para o pouco crescimento do mercado publicitário, pois sem um portfólio de resultados, que é o produto que os anunciantes procuram nas agências, fica difícil abrir novos clientes e manter os atuais. Fato que não é interessante para agência alguma.
Particularmente, aposto em uma saída: conciliar criatividade, muita criatividade, com estratégia. Criatividade para surpreender o cliente e fugir do lugar comum, saturado por aqueles que “brincam” de publicidade. Estratégia para buscar o target do anunciante, onde ele estiver, e despertar desejo de compra pelo produto anunciado.