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Matéria 0567, publicada em 16/03/2004.


Instalação de artesãos sob análise

Cleide Carvalho

Um novo rumo foi dado ao caso dos artesãos que deixaram o calçadão da Rua do Príncipe. Na reunião com representantes da Associação Joinvilense dos Artesãos (Ajart) e a prefeitura foi determinado a instalação das barracas na praça da Biblioteca Municipal, situado à Rua Comandante Eugênio Lepper. Através de análises da prefeitura, para ver se as pessoas se adaptam e as barracas não atrapalham o trajeto, será definido o lugar definitivo.

No sábado (13/03), a rua foi fechada das 8 às 18 horas. No decorrer da semana as barracas estarão em exposição na praça como forma de apreciação e em breve será marcada uma nova reunião para definir o destino permanente dos artesãos.

A presidente da associação, Carmem Lúcia Thomé Tostol, diz que os artesãos estão felizes com o local escolhido. “Mas enquanto não tiverem uma certeza não ficarão tranqüilos”. Ou seja, se a prefeitura não considerar viável a permanência no local, poderá deslocá-los novamente, informa Carmem.

Luís Rogério Pupo Gonçalves, presidente do Ippuj (Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville), diz que a abertura da Rua do Príncipe faz parte do Projeto de Revitalização da Área Central de Joinville para beneficiar toda a cidade e trazer conforto ao turista. “Os artesãos não ficarão sem apoio,”garante.

A Prefeitura de Joinville iniciou a abertura da Rua do Príncipe no dia 1º de março deste ano, com a resistência dos artesãos e ambulantes. Por se recusarem a sair do local houve confronto com a polícia. Os artesãos tiveram a permissão para se deslocar para a Praça Dario Salles, espaço gratuito cedido pela prefeitura, mas não concordaram.

Elvira Gêiser Pollnow, fundadora da associação dos artesãos, diz que a prefeitura simplesmente foi até a associação e determinou a transferência para a praça do Mercado Municipal. Diante da recusa da entidade, através de um requerimento, o novo endereço passaria a ser a Dario Salles, proposta também rejeitada pelos artesãos, pelo fato de a prefeitura não atender às reivindicações pedidas. “Os artesãos não se instalaram na Dario Salles por faltas de banheiro, água, sem contar que a praça é pouco visitada”, afirma Elvira. Ela vendia seu artesanato há 24 anos no calçadão e fundou a associação há 33 anos.

 

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