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Matéria 0495, publicada em 28/10/2003.


Centro de Joinville fica pronto em 2004

Diego Luiz Zucolotto e Sabrina Passos, alunos do 6º semestre de Jornalismo

A implantação do CCZ de Joinville pode finalmente se tornar uma realidade. Tramitando na Câmara de Vereadores desde 1998, o projeto visa à implantação de uma estrutura capaz de evitar o alastramento das doenças causadas por cães domésticos, como a raiva, por exemplo, e demais mazelas ocasionadas por animais e que afetam o sistema público de saúde do município. Segundo o chefe do Serviço de Vigilância Sanitária, Paulo Rogério Silva, as obras iniciam já no próximo mês e sua conclusão está prevista para a metade de 2004.

O centro pretende também detectar os principais focos de zoonoses e romper o elo de transmissão entre o animal e o homem. Evitar a presença de cães soltos nas ruas e registrá-los para facilitar sua localização em caso de uma fuga também são objetivos centrais da instituição. Depois de pronto, o CCZ pretende controlar não apenas os animais domésticos mas também possíveis epidemias causadas por roedores e parasitas.

Segundo a coordenadora da ONG Abrigo Animal, Sandra Cristina Konrad Nachtigall, os maiores prejudicados com a presença dos cachorros nas ruas são eles próprios. Para ela, as doenças causadas pelos cães não são o principal problema. Ela diz que a falta de sensibilidade e respeito de boa parte da população para com esses animais acaba sendo esquecida. “Eles não têm culpa nenhuma, pelo contrário, são as vítimas do abandono”, afirma. O Abrigo Animal recolhe alguns cachorros de rua. Trata dos doentes e procura evitar que proliferem através da castração. Feiras são organizadas para que os cães e gatos sejam doados, e os novos donos recebem acompanhamento rotineiro por parte de uma equipe da ONG. O objetivo é evitar maus tratos. Cerca de 1.800 animais já foram recolhidos, recuperados e doados. Cada feira recebe em média a visita de 200 famílias.

Em Joinville, atualmente a Vigilância Sanitária nada pode fazer em relação aos cães de rua. O único serviço prestado pela entidade é o recolhimento dos que aparecem mortos em vários pontos da cidade. Segundo Cristina, o Abrigo Animal recebe freqüentemente ligações de pessoas que reclamam ser incomodadas por cachorros de rua. Ela diz que a Vigilância Sanitária indica o Abrigo Animal a quem liga reclamando dos cães, porém a ONG não recebe qualquer auxilio financeiro da prefeitura para ajudar nas despesas, hoje avaliadas em cerca de R$ 7 mil mensais. Desde janeiro deste ano, a entidade busca uma ajuda financeira junto à Secretária de Saúde, mas até agora não houve retorno.

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