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Matéria 0492, publicada em 28/10/2003.


Pacientes concordam com criação de Manual

Carolina Spricigo e Fernanda Ourique, alunas do 6° semestre de Jornalismo

Há um mês esperando para a consulta de retorno, a dona de casa Liane Maria de Souza Pinto, 43 anos, e suas filhas Cristiane, 17, e Aline Pohl, 19, aguardaram atendimento no posto de saúde do bairro Bucarein por aproximadamente uma hora e meia. Questionadas sobre o Manual dos Direitos do Paciente, Cristiane disse ter lido algo a respeito numa revista. Liane e Aline nada sabiam, mas acharam a iniciativa importante, pois, quanto mais informado, melhor o paciente vai defender os seus direitos.

O vigilante Ivanir Alves Fords, 35 anos, esperou por duas horas o encaminhamento a um especialista. Segundo ele, o atendimento demora, mas só por ter consultado vale a pena esperar. Fords acredita que a criação do manual seria uma forma de o sistema de saúde respeitar os pacientes.

Para fazer um check-up, o gerente comercial Dienes da Cunha, 42 anos, marcou consulta com 15 dias de antecedência. Esperou quase uma hora para ser atendido. No entanto, não deixou de demonstrar sua indignação com o péssimo atendimento dos médicos. Segundo ele, em 65% das vezes em que foi se consultar, não foi bem atendido por eles.

Cunha também se revolta falando do interesse dos governantes em manter os cidadãos ignorantes e lamenta o fato de o povo muitas vezes não buscar seus direitos. Mas acredita que, se criarem o Manual dos Direitos do Paciente, as pessoas vão procurar seus direitos. “Só que isso não é interessante para o governo”, reforça.

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