Um fator determinante no sucesso de uma boa comunicação é o uso adequado das fontes na peça produzida. De nada adianta a agência contar com um bom redator, se o texto produzido por ele não for colocado no lugar certo e com a fonte correta, uma tarefa entre outras milhares do diretor de arte.Quando nos deparamos pela primeira vez com programas de editoração gráfica com janelas e mais janelas de recursos e efeitos - como o Corel Draw, Adobe Illustrator, InDesign ou FreeHand - e com as milhares de fontes disponíveis, a nossa tendência é querer “modernizar”o layout. Queremos compensar uma ilustração fraca ou apenas mal posicionada com a aplicação de uma variedade dessas fontes. Existem milhares delas para todos os gostos: elegantes, criativas, engraçadas, suaves, fortes, serifadas, desenhadas. Quando nos deparamos com um layout a ser criado, não sabemos qual delas colocar antes no layout. A verdade é que, no início, todos passam por isso, mas a tendência é desenvolver, com o passar do tempo, uma visão crítica dos nossos próprios trabalhos. Para isso, é muito importante uma observação detalhista de trabalhos de outros profissionais, bons profissionais.

Trabalhei por longo período em um bureau de fotolitos aqui em Joinville, um fornecedor, um dos “gargalos” das agências de publicidade. Como consequência deste trabalho, diariamente recebi diversas criações para produzir seus fotolitos, muitas delas fantásticas, outras nem tanto, para não dizer ruins.

Uma tendência nas boas criações é a ausência de fontes “chamativas”, fontes fantasiosas, e isso se deve, na minha opinião, a um fator denominado equilíbrio, ou seja, ou você tem uma boa ilustração ou você tem um texto com uma “bela fonte”. Evita-se com isso que muitos pontos no layout queiram chamar a atenção para si e o leitor acabe não entendendo a mensagem que deveria ser transmitida. Outro fator importante é o uso de um grande número de estilos de fontes na sua diagramação. Evite-o. Procure usar sempre que possível um menor número de estilos, isso deixa o layout mais bonito, mais profissional. Para finalizar, serei obrigado a usar um clichê, para toda regra existem exceções, depende do bom senso do diretor de arte em enxergar estas exceções.