Cerca de 100 pessoas estiveram presentes na palestra de lançamento do livro Jornalismo Brasileiro de José Marques de Melo ontem, a partir das 19h20, na Livraria Midas. O evento teve duração de 1h40, o que para alguns alunos foi pouco para explorar o conhecimento e discutir as idéias do autor.
Segundo a estudante do 6º semestre de Jornalismo Cristiane Schmitz, a palestra fez o público refletir sobre o jornalismo atual. Entretanto, devido à importância de José Marques de Melo para o jornalismo latino-americano, ela lamentou o fato de ter acabado cedo. Para Letícia Corioletti, aluna da mesma turma, o autor é a história viva do jornalismo e poderia ter passado mais de seu conhecimento se a palestra tivesse maior duração.
Camila Rodríguez Morales, também do 6º semestre de Jornalismo, gostou muito do evento, e “de quando o autor falou que temos de cobrar dos professores a qualidade da educação”. A palestra, segundo ela, provocou os alunos a lerem o livro e pensar sobre o jornalismo brasileiro sob o ponto de vista, o conhecimento e a experiência de José Marques de Melo.
“A obra foi uma escolha muito feliz do autor, pois aborda temas que muitos autores deixam de abordar”, sustenta Karine Kavilhuka, estudante do 4º semestre de Jornalismo do Ielusc. Além disso, o livro também servirá como referência para minha monografia, complementa.
Pedro Russi, professor do Ielusc, elogiou a iniciativa da instituição em trazer profissionais da área para discussões. E disse que é preciso continuar incentivando o lançamento de outros livros, principalmente de pesquisadores da área de Publicidade e Propaganda.
O professor, porém, critica o fato de que além do pouco tempo para discussão, certos temas foram tratados com superficialidade na palestra, como, por exemplo, quando o autor falou da criatividade do jornalismo brasileiro.
Para ele, as idéias de Exclusão Midiática, a Teoria do Silêncio e o Gueto Universitário também ficaram muito vagas. Russi afirma ter ficado preocupado quando Marques de Melo falou sobre como o jornalismo poderia mudar a sociedade. Segundo ele, o autor atribuiu ao jornalista um papel que não é só dele.