Revi Bom Jesus/Ielusc

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Matéria 0142, publicada em 18/08/2003.


Erro na apuração é abordado na defesa da monografia

ATRJ

O erro na apuração jornalística foi abordado na defesa de monografia de Sueli Possamai no anfiteatro do Bom Jesus/Ielusc, na sexta-feira dia 15 de agosto. Formaram a banca de avaliação o professor de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Francisco Karam e o diretor do Curso de Comunicação do Ielusc Samuel Pantoja Lima. O tema do trabalho orientado pelo professor Gastão Cassel foi “Desinformação no Jornalismo: erro da fonte de informação no Caso do Maníaco da Bicicleta”.

Sueli tentou mostrar o erro do jornalista ao não questionar as fontes oficiais. O trabalho discutiu a apresentação do retrato falado do “Maníaco da Bicicleta” no programa Fantástico da Rede Globo. Segundo ela, o retrato falado apresentado pela polícia e pela emissora tratava-se de uma fotografia de outra pessoa. A prova desta afirmação é a presença de uma gola de camisa virada, o que não é comum em desenhos feitos pelos peritos. Mesmo assim, outros veículos da mídia apresentaram a foto como a provável imagem do maníaco. O rapaz está processando as empresas que divulgaram sua imagem e “destruíram sua reputação”.

Karam considerou o trabalho de Sueli válido, pois abordou um tema bastante delicado. “Todo suspeito tem de ser considerado suspeito até o final”, disse. Ele lembrou do caso “Escola Base”, quando a mídia também “condenou” antes mesmo do julgamento, no qual os acusados foram inocentados. Ele afirmou que além da imprensa o delegado também deveria ser processado.

O professor Samuel elogiou a profunda seriedade da aluna no tema abordado. Entretanto, considerou insatisfatórias as referências bibliográficas usadas por Sueli. "A escolha do marco teórico foi inadequada e insuficiente para discutir o assunto", criticou e sugeriu também que os depoimentos fossem escritos em capítulos.

O orientador Gastão Cassel considerou bom o desempenho da aluna em sua defesa. Segundo ele, a grande virtude foi o tema extremamente atual. “Críticas sempre existem em bancas. Elas são sugestões para acrescentarem no trabalho, pois existiam outras possibilidades a serem exploradas”, explicou ele.

A acadêmica do curso de jornalismo do 6º período Camila Morales reclamou da falta de consideração do público com Sueli. “As pessoas não respeitam, atendiam celulares, ficavam entrando e saindo na sala ou conversando”, reclamou ela. Quanto à defesa, Camila disse que gostou da apresentação, mas sentiu falta da parte teórica.

A estudante da mesma turma Daniela Torbes concordou com a colega quanto à falta de respeito do público e da falta de embasamento teórico na apresentação. Mas discordou quanto à apresentação. Para ela, Possamai foi um pouco artificial. “Eu gostei mesmo das respostas que ela deu à banca”, elogiou.

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