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Matéria 7641, publicada em 20/11/2008.


Pressionado, presidente do DCE da Univille renuncia*

Jacson de Almeida


Na última sexta-feira, dia 14 de novembro, estudantes de pelo menos cinco cursos da Univille pressionaram a atual gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) para deixar a entidade. Para os estudantes, o até então presidente do DCE, Carlos Gehlen, agia com autoritarismo. Ele é acusado de ter construído um novo estatuto sem consultar os acadêmicos, tentando se manter no cargo. “Ele usou a ‘política de esconder’ para não dar poder aos estudantes”, afirma Bruno Bello, aluno de história, que representa seu curso no Conselho de Entidades Estudantis (CEE). Carlos Gehlen, que não resistiu à pressão e renunciou ao cargo, se defende dizendo que não houve anormalidade. Para ele, os estudantes contrários a sua gestão estão sendo movidos por interesses partidários. “Isto está ligado a minha pessoa”.

Para os acadêmicos, o ex-presidente usou do novo estatuto – que não está registrado em cartório – para permanecer mais tempo à frente do DCE. Com a saída de Carlos, a entidade que representa os estudantes da Univille está provisoriamente sob a direção do CEE, formado por representantes de alguns cursos da instituição. O problema, segundo Bruno, é que o ex-presidente renunciou sabendo que tinha a maioria no CEE, o que não alteraria a situação.

“Foi feito às escuras”. Assim Bruno classifica a forma como foi elaborado o novo estatuto. Segundo ele, a antiga gestão apenas passou a urna em algumas salas, sem manter qualquer tipo de conversa. De acordo com as regras do DCE, pelo menos 10% dos 8 mil alunos da Univille precisariam aprovar as mudanças no documento. “Esses 10% representam a falta de interesse que possibilitou ao DCE fazer-se, autoritariamente, a voz dos estudantes”, destacou Bruno.

O ex-presidente, por outro lado, afirma que, para a elaboração do novo estatuto, foram dois meses de conversa com os estudantes, com a realização de cinco plenárias.

Nesta quinta-feira, dia 20, haverá uma assembléia geral com o objetivo de eleger uma gestão provisória para o DCE. Os escolhidos ficarão à frente da entidade até maio de 2009. Carlos Gehlen garante que não disputará mais a direção do Diretório, caso seja convocada uma eleição direta. Ele também não estará na assembléia desta semana. “Desejo boa sorte para a próxima gestão”, diz o ex-dirigente, que avaliou como “boa” a sua gestão.

Esta é a primeira vez que ocorre um fato desta natureza no DCE da Univille. Adriana Zoch, assessora de imprensa da universidade, destacou que isso foi uma surpresa. Ressaltou ainda que o reitor Paulo Ivo Koehntopp não poderá se envolver, pois o DCE é autônomo.


* Trabalho produzido para a disciplina de Redação Jornalística 3, ministrada pelo professor Sílvio Melatti no segundo semestre de 2008

Comentários dos leitores
 

  • 1-/-1/2008 -

    Guilherme [Valência]:

     

    Autonomia.

     

    Fico surpreso ao grandioso Paulo Ivo, primeiramente se demonstrar surpreso e afirmar que o DCE é autonomo. Ambos caminham lado a lado de mãos dadas. Concordando a fala do Bruno, a situação foi tão pessoal, que grande parte se opôs ao seu jogo político que únicas frentes que apoiaram foram os mesmos que andavam na jogatina política. DCE tem de ser auntonome e responder aos interesses dos acadêmicos, e não ficar a promover eventos festivos, que disso já estamos saturados.

  • 1-/-1/2008 -

    Bruno Bello [joinville]:

     

    “Isto está ligado a minha pessoa”.

     

    Talvez pelo memos uma vez Gehlen foi coerente em suas palavras ,realmente o fato dos alunos questionarem a sua gestão está ligao a sua pessoa ,partidária,autoriáriafoi assim que efetuou suas ações e por isso sou contrário a pessoa do Gehlen,o repúdio a sua pessoa fica claro no fato de quem ao propor uma chapa de colisão ,entenda-se joguinho político ,nínguem quis compor a sua chapa , a não ser seus velhos companheiros de partido .O DCE é autônomo isso está garantido em estatuto ,mas durante a Gestão do Gehlen o DCE atendeu mais aos interesses da reitoria do que dos estudantes ,outra prova disso está no acordo ,que de nada trouxe benefício para os estudantes ,onde não haveria eleição esse ano ,isso porque poderia atrapalhar o plebiscito para o reitor .

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